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“Um dos paladinos da moralidade nacional é o juiz Marcelo Bretas, não é? Ele é, assim, uma versão um pouco mais, como posso dizer?, “pão com ovo” de Sérgio Moro, o caviar da classe média furibunda com tudo, todos e mais um pouco...”, escreveu o jornalista.
Da Redação*
Jornalista e colunista da Rede TV, Reinaldo Azevedo criticou duramente o auxílio-moradia recebido pelo juiz federal Marcelo Bretas e sua esposa, que também é juíza federal. “Um dos paladinos da moralidade nacional é o juiz Marcelo Bretas, não é? Ele é, assim, uma versão um pouco mais, como posso dizer?, “pão com ovo” de Sérgio Moro, o caviar da classe média furibunda com tudo, todos e mais um pouco...”, ressalta.
Reinaldo destaca que “os meritíssimos que parecem ser dotados de uma moral muito acima da mediana; que parecem estar, nessa matéria, muito mais avançados do que o povo brasileiro; que parecem ter-se transformado numa cornucópia de decências, se manifestem, por exemplo, contra o auxílio-moradia e outros penduricalhos salariais. O Poder Judiciário é o mais bem-aquinhoado por salários estratosféricos. Mas os senhores juízes não querem saber, não. Aliás, o Poder Judiciário está na raiz da resistência à reforma da Previdência, como sabe a ministra Cármen Lúcia, aquela que decidiu impedir a posse de Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho justamente para criar embaraços adicionais à dita reforma”, afirma.
“O doutor não recebe apenas um auxílio moradia, mas dois. Explica-se: sua mulher também é juíza. Embora eles morem juntos, acumulam os ganhos. Pensem com Tio Rei: ainda que doutor Bretas não tivesse imóvel próprio — e, que eu saiba, ele tem —, se o “auxílio-moradia” fosse “auxílio-moradia”, e não aumento disfarçado de salário, bastaria ao casal receber a grana uma vez, certo? Mas não... Cada um leva o seu. Em nome da moral e dos bons costumes, suponho”, ironiza.
E continua: “Bretas, um dos patriotas do nosso tempo, cavaleiro sem mácula dos veículos do grupo Globo. Como sabem, ele tem nas mãos um troféu que, a cada pouco, rende safra nova de notícias: chama-se Sérgio Cabral. Como a biografia do objeto de seu desvelo às avessas não ajuda, ele vai surfando na onda! Como esquecer que tentou punir Cabral apenas porque este lembrou que a família do juiz atuava no ramo de bijuterias, uma informação pública? O doutor viu na coisa uma grave ameaça”, destaca.
*Com informações da Rede TV e do Brasil 247
Foto: Divulgação