MP quer afastamento definitivo de Eurico Miranda da presidência do Vasco

Ação pede a destituição do cartola, dos vices e dos diretores do clube. Promotores afirmam que está caracterizada a ligação com torcidas organizadas, promotoras de violência.

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Ação pede a destituição do cartola, dos vices e dos diretores do clube. Promotores afirmam que está caracterizada a ligação com torcidas organizadas, promotoras de violência. Da Redação* Um polêmico personagem do futebol brasileiro pode estar com seus dias contados no esporte. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pediu o afastamento de Eurico Miranda da presidência do Vasco da Gama. Ele é acusado pelos promotores de acobertar torcidas organizadas que promovem a violência nos estádios. A informação foi divulgada no Bom Dia Brasil, da TV Globo. Na ação civil pública, os promotores afirmam que o clube descumpre artigos do Estatuto do Torcedor, sobre a prevenção da violência nos esportes.

O pedido é para a destituição definitiva do presidente Eurico Miranda, dos vice-presidentes e da diretoria do Vasco, além de multa de R$ 500 mil. O MPRJ baseou-se em relatórios do Grupamento Especial de Estádios da PM, sobre a confusão no fim do jogo entre Flamengo e Vasco, no dia 8 de julho, em São Januário.

Inconformados com a derrota, torcedores vascaínos jogaram bombas e objetos nos jogadores do Flamengo e nos policiais militares e ainda tentaram invadir o gramado. A polícia reagiu, jogando gás de pimenta, mas isso acabou afetando também os torcedores que não estavam envolvidos no tumulto, principalmente aqueles que estavam com filhos e mulheres.

Alguns torcedores tiveram que escalar as cabines da imprensa para escapar da selvageria. O conflito continuou do lado de fora do estádio e acabou em tragédia, com a morte do torcedor David Rocha Lopes, baleado no peito.

Na época, o presidente do Vasco, Eurico Miranda, disse que a confusão foi provocada por grupos de oposição política à atual diretoria. O estádio de São Januário foi interditado por seis meses, mas o clube conseguiu, na Justiça, a liberação e jogou sem torcida contra o Grêmio, no último dia 9.

Segundo o Ministério Público, a insegurança durante jogos é estimulada pela prática do clube em apoiar e incentivar a torcida organizada Força Jovem, atualmente punida com ordem de afastamento de qualquer arena esportiva por conta de episódios de violência.

Segundo o documento, a contratação pelo clube de integrantes da Força Jovem compromete a ação da polícia na segurança dos estádios, facilitando a entrada de instrumentos e objetos que jamais passariam por revistas.

*Com informações do G1  Foto: Lula Marques/Agência PT/Fotos Públicas