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Um pintor foi atropelado e arrastado pelo motorista assassino - que não prestou socorro - por 5 km na divisa entre Osasco e São Paulo. Caso vem em meio a um aumento de 75% dos atropelamentos de ciclistas na cidade mas, para o prefeito Doria, que teve a habilitação suspensa por excesso de velocidade, o importante é "acelerar"
Por Ivan Longo
Mais um ciclista foi assassinado de forma bárbara no trânsito de São Paulo. O pintor Gilmar Barbosa da Mata completaria 46 anos nesta sexta-feira (31), mas acabou morrendo na quarta-feira (30) ao ser atropelado e arrastado na avenida das Nações Unidas, em Osasco, já na divisa com São Paulo. O pintor, que estava voltando do trabalho, ainda se segurou ao capô do carro, que o arrastou por cerca de cinco quilômetros. Gilmar caiu em um viaduto que dá acesso à Marginal Tietê e o motorista fugiu sem prestar socorro.
A polícia já tem informações sobre o veículo mas o suspeito ainda não foi localizado.
O caso é só mais um das dezenas de atropelamentos semanais e mortes no trânsito na cidade de São Paulo. Desde que o prefeito João Doria (PSDB) assumiu a gestão municipal, os atropelamentos de ciclistas aumentaram em 75%, de acordo com o Infosiga, site do governo de São Paulo que concentra estatísticas de óbitos no trânsito. Isso sem falar, ainda, do aumento de mais de 60% do número de acidentes nas marginais após o aumento de velocidade, imposto pelo mesmo prefeito.
Enquanto os números ficam cada vez mais gritantes e vidas são perdidas, o prefeito tucano segue maquiando dados e até mesmo inventando informações sobre velocidade e mortes no trânsito - como na ocasião em que mentiu sobre uma decisão do Tribunal de Justiça.
O ex-apresentador de televisão acredita veementemente que São Paulo é o seu playground que pode fazer - e vender - o que bem entender. Apaixonado por carros e velocidade, o tucano, que mal para em São Paulo, já até se vestiu de piloto de Fórmula 1 para vender a cidade aos árabes. Não é à toa que teve sua Carteira de Habilitação cassada por conta de multas de excesso de velocidade.
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Quanto às vidas perdidas no trânsito, Doria faz pouco caso e, como fez em abril, joga no chão as flores dos ciclistas. Afinal, o importante é acelerar.