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Nando disse ainda que passou a consumir mais drogas depois que a mãe morreu, em 1989.
Da Redação*
Em entrevista à coluna de Mônica Bérgamo, publicada neste domingo (30), na Folha, o roqueiro Nando Reis falou, entre vários assuntos, sobre a sua luta contra as drogasse a sua relação com a mãe, que morreu quando ele estava no auge da carreira com os Titãs.
“A mamãe morreu em seis meses, de um câncer fulminante. Foi rápido e inesperado. Eu tinha 26 anos. Os Titãs tinham estourado e eu já estava na estrada, deslumbrado, "noossa, é isso o que eu quero", dinheiro, fama. A gente [Titãs] estava gravando o disco "Õ Blés Blom". Eu me lembro que fui para o Rio de Janeiro e fiquei muito triste lá. Muito, muito [contém as lágrimas]. Ela faz falta até hoje. Eu era muito apaixonado por ela. Muito”, conta.
Nando disse ainda que passou a consumir mais drogas depois que a mãe morreu.
“É natural que a gente queira se anestesiar. Eu estou há um bom tempo sóbrio. E me mantenho vigilante. Fiquei um ano e meio sem beber, voltei, estou agora há um ano e um mês. Eu já bebi muito e foi ruim. Atrapalhou a minha vida profissional, a vida familiar. Eu já bebi tudo o que precisava. A relação com o álcool e as drogas sempre me tornou autocentrado, acuado. Não há um que escape ileso do uso abusivo. Já a sobriedade e a lucidez abrem janelas. Eu estou muito feliz, mesmo”, comemora.
Sobre a relação entre o consumo de álcool e a produção musical, ele revelou ainda: “Eu achava que tinha. Sempre sofri da tal síndrome do papel em branco. O uso do álcool tinha essa ignição de sair da inércia, de dar início [à composição]. E se confundiu a ideia de que o estado de embriaguez propiciava uma qualidade de criação. "Bullshit" [besteira]. Nada a ver. Eu hoje trabalho igualmente”, finalizou.
*Com informações da coluna de Mônica Bérgamo
Foto: Divulgação