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O erro do diagnóstico causou o fim do casamento por suspeita de traição, já que a doença é sexualmente transmissível.
Da Redação*
Após o parto, uma mulher foi informada por um médico, São Carlos (SP), que tinha sífilis. A mãe e o bebê teriam que passar por tratamento para a doença. Onze dias depois foi comprovado que o diagnóstico estava errado, mas já era tarde. Seu marido a abandonou, por suspeita de traição, já que a doença é sexualmente transmissível.
O caso aconteceu em 2009 e o médico acaba de ser condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a pagar R$ 20 mil de danos morais.
Segundo a família, o médico não fez a ressalva de que o exame poderia ser inconclusivo e de que o diagnóstico dependeria de novas análises clínicas. Eles também disseram que o profissional comunicou o resultado na frente de outras pessoas que estavam no quarto com a mulher.
Erickson Gavazza Marques, desembargador da 5ª Câmara de Direito Privado, manteve a sentença da 4ª Vara Cível de São Carlos e disse que ficou caracterizado o erro no diagnóstico e o dano psicológico causado à paciente e sua família. “Não se pode deixar de reconhecer que o diagnóstico equivocado e a ausência das devidas informações ou mesmo a divulgação do diagnóstico à paciente antes da contraprova gerou dano moral, pois houve suspeita de traição que levou os autores até mesmo a romper o relacionamento”.
*Com informações do Estadão
Foto: Commons