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Após o escracho do Levante Popular da Juventude e uma pichação dizendo "São Paulo não está à venda" no muro de sua casa, o prefeito tucano comemorou o fato de jovens terem ido "espontaneamente' cobrir a pichação. Quem liderou o grupo, no entanto, é funcionária da prefeitura
Por Redação
Vêm se tornando corriqueiras as ocasiões em que João Doria (PSDB) é desmentido ou desmascarado em suas declarações e propagandas nas redes sociais. O prefeito de São Paulo comemorou no sábado (15), através de um vídeo, o fato de jovens terem pintado o muro de sua casa e coberto uma pichação de forma "espontânea". Naquele dia, o Levante Popular da Juventude havia feito um protesto contra o projeto privatista do tucano e, após a manifestação, a frase "São Paulo não está à venda" apareceu grafada na fachada branca de sua residência no Jardim Europa, área nobre da capital paulista.
No vídeo, Doria atacou os manifestantes e saudou a "ajuda" dos jovens do Movimento Brasil Livre (MBL) de apagar a pichação. O que o ex-apresentador de televisão não contou, no entanto, é que o grupo era liderado, na verdade, por uma funcionária da prefeitura: Paloma Oliva, supervisora de esporte e lazer da prefeitura regional de Pinheiros.
Paola é subordinada do prefeito regional de Pinheiros, Paulo Mathias, considerado um discípulo de Doria. Mathias é aquele que gravou um vídeo afirmando que os funcionários da prefeitura regional de Pinheiros dormiriam no trabalho para que não fossem afetadas pela greve de trabalhadores que estava marcada para o dia seguinte.
"Como eu faço parte de vários grupos de política, como MBL e Mises Brasil, em um deles apareceu a ideia de pintar o muro e eu pensei 'vamos lá'. Ele [Paulo Mathias] viu o vídeo depois. Ele havia comentado em um dos grupos de internet 'picharam a casa do Doria e estou aqui em uma coletiva de imprensa", disse Paloma ao jornal Folha de S. Paulo.