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A estudante de 20 anos registrou um boletim de ocorrência contra o professor depois de ele ter afirmado, na frente de toda a turma, que o cabelo da jovem ao estilo "black power" "chama mais a atenção que a notícia" e que, por isso, não poderia ser apresentadora de um telejornal. Universidade tenta minimizar o caso
Por Redação*
Uma estudante de jornalismo de uma faculdade particular do Nordeste - nem a estudante e nem a faculdade tiveram os nomes divulgados - acusa um professor de injúria racial após ter se sentido constrangida em uma aula prática de telejornalismo. De acordo com a estudante, que revelou a história em grupos de redes sociais e detalhou o caso ao portal R7, o professor a constrangeu em uma aula no dia 20 de maio ao afirmar, na frente de toda a turma, que ela não serviria para ser âncora de telejornal por conta de seu cabelo estilo "black power" e que sua aparência física chamaria mais atenção que a notícia.
"Quando eu estava passando o texto na bancada, ele disse que, por conta dos padrões, o meu cabelo chamaria mais atenção que a notícia, por ser black e descolorido, e que dessa forma eu me encaixaria melhor como moça do tempo ou repórter", afirmou a jovem ao portal R7.
De acordo com a estudante, não houve qualquer tipo de objeção entre os alunos, que "aceitaram isso como verdade".
A jovem, então, fez uma reclamação formal com a coordenação da faculdade, que agendou reuniões com o ouvidor da instituição. O primeiro encontro foi cancelado pela coordenadora, de acordo com a estudante, sem aviso prévio e, nos outros encontros, o ouvidor teria afirmado que apurariam o caso mas ponderado, e tentado convencê-la de que não houve racismo na declaração do professor - incentivando-a a desistir da denúncia.
A aluna registrou um boletim de ocorrência na delegacia no dia 6 de junho.
A universidade, por sua vez, enviou nota ao portal R7 informando, de maneira genérica, que vai apurar o caso.
Saiba mais detalhes aqui.
*Com informações do portal R7
Foto: Arquivo Pessoal