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Agressores usaram pedaços de madeira, fios cortados e cordas durante sessão de espancamento
Por Redação
Um soldado do 27º Batalhão de Infantaria Paraquedista decidiu abandonar a carreira militar após ser vítima de tortura dos próprios colegas de Exército. Ele foi submetido a um ‘trote’, por ser calouro, e acabou sendo levado para o alojamento de seus superiores, onde contou ter sido imobilizado e agredido por cerca de 15 a 18 pessoas.
O advogado do soldado, Marcelo Figueira, afirmou que os agressores usaram pedaços de madeira, fios cortados e cordas. Os golpes foram tão sérios que resultaram em uma cirurgia onde o soldado teve que retirar um dos testículos.
Após a alta médica, ele foi obrigado a voltar a prestar seus serviços, sendo perseguido e ameaçado para não levar o caso a público. Também diz ter sido orientado para usar a farda no corpo inteiro para esconder as marcas deixadas pelo espancamento.
Segundo o Comando Militar do Leste (CML), oito envolvidos foram indiciados em um Inquérito Policial Militar, apesar de a denúncia ter sido feita contra 18 militares. O advogado do soldado informou que a vítima vai entrar com uma ação indenizatória contra a União para reparação dos danos físicos, psicológicos e morais.
Foto: Arquivo Pessoal