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Também há especulações que identificam o agressor como "capitão Sampaio". Dois dias após o ocorrido, porém, nem polícia e nem secretaria de Segurança Pública do estado falaram mais sobre o caso ou sobre a identificação. Mateus Ferreira, que levou um golpe de cassetete na cabeça, passou por cirurgia e segue internado, respirando por aparelhos, em estado grave
Por Redação
Já se passaram mais de 48 horas e, mesmo com uma foto que mostra relativamente bem seu rosto, nem a Corregedoria da Polícia Militar de Goiás e nem a Secretaria de Segurança Pública do estado revelaram o nome do policial que quebrou um cassetete na cabeça do estudante Mateus Ferreira na manifestação da última sexta-feira (28) em Goiânia. Ele teve um traumatismo craniano, passou por uma cirurgia delicada neste domingo (30) e segue em estado grave respirando com a ajuda de aparelhos.
O estudante de Ciências Sociais da Universidade Federal de Goiás (UFG) participava do protesto contra o governo Temer e em prol da greve geral quando foi atingido pelo golpe covarde. Ele foi socorrido por colegas enquanto o agende que o agrediu fugia.
No dia do ocorrido, a PM de Goiás disse em nota que “condena veementemente todo e qualquer tipo agressão praticada por policias militares no exercício de sua função, não compactuando com atos que possam afrontar os princípios da ética, moral e legalidade” e informou ainda que o comandante geral da corporação, Coronel Divino Alves de Oliveira, já havia determinado a abertura de inquérito policial para identificar e punir o agressor. Este, no entanto, foi o último pronunciamento da polícia desde o ocorrido.
A Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO) emitiu, na tarde deste domingo (30), uma nota de repúdio aos atos de violência policial em que exige uma posição da Secretaria de Segurança Pública do Estado e a abertura de procedimentos investigatórios contra os agentes estatais envolvidos, bem como o agente responsável pela agressão seja "prontamente identificado e processado".
Diante do silêncio da PM e da Secretaria, cresce nas redes sociais especulações sobre ser o próprio comandante, Coronel Divino Alves de Oliveira, o agressor. Comparação de fotos feitas por internautas do estado de Goiás mostram a semelhança entre o coronel e o homem que aparece nas fotos desferindo o golpe de cassetete.
O jornal regional O Popular, por sua vez, informou que o agressor foi identificado como "capitão Sampaio", que é subordinado do comando da polícia. A secretaria de Segurança Pública e a polícia, no entanto, não confirmaram a informação ao jornal. Procurado, o homem identificado como "capitão Sampaio" teria desligado o telefone.
A reportagem da Fórum entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública do estado para que se pronuncie quanto às especulações ou para que dessem atualizações do caso mas nenhum dos telefones de imprensa foi atendido.
Foto: Luiz da Luz