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Movimento divulga nota em defesa da ética e humanismo na medicina e pede que Conselho Regional de Medicina de São Paulo inicie processo ético contra profissionais que vazaram sigilo de Marisa e o neurocirurgião que propôs “romper o procedimento”. Leia a seguir.
Nota do Movimento "Médicos pela Democracia" em defesa da ética e humanismo na medicina. (Em repúdio a atitudes intolerantes e agressivas de colegas médicos relativas ao padecimento, agonia e morte de Dona Marisa Letícia Lula da Silva) Nós, Médicos pela Democracia, defendemos que a Medicina seja exercida com ética, humanismo e compaixão ativa no cuidado com o ser humano. Para isto é preciso observar quatro princípios da Bioética: a autonomia, respeitando as escolhas do paciente, sempre que possível, ou da família, quando de sua incapacidade de decidir; beneficência, que se refere à obrigação ética de maximizar o benefício do ato médico e minimizar o prejuízo; não-maleficência, que proíbe infringir dano deliberado, evitando agravos à saúde do paciente; justiça, que é a obrigação ética de tratar cada indivíduo conforme o que é correto e adequado e dar a cada um o que lhe é devido. Temos que observar um quinto princípio fundamental, previsto no Código de Ética Médica-2009: "o médico guardará sigilo a respeito das informações que tenha conhecimento no desempenho de suas funções, com exceção dos casos previstos em Lei". Defendemos, portanto, que o exercício da Medicina seja uma celebração à vida, às relações humanas solidárias, numa prática amorosa da compaixão ativa, na busca da superação do sofrimento físico e psíquico das pessoas que suportam agravos à sua saúde. Por defendermos estes princípios é que, nós Médicos pela Democracia repudiamos veementemente a postura de intolerância, desprezo pela vida e injúria moral por parte de alguns colegas médicos, feitas publicamente em Redes Sociais, ao debochar da cidadã brasileira Marisa Letícia Lula da Silva, esposa do ex-presidente Lula, quando do seu adoecimento grave, agonia e morte. Estes colegas, lamentavelmente, expuseram ideias fascistas, zombaram de uma pessoa em grave sofrimento, sendo que um deles propôs omissão de socorro e conduta lesiva que causaria a morte. Que mal Dona Marisa causou a estes raivosos, desumanos e intolerantes médicos? Nossa indignação e repúdio às atitudes destes colegas nos faz pedir formalmente ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo para iniciar imediatamente processo ético contra estes colegas, por infração ao Código de Ética Médica, assegurando o direito de ampla defesa: 1 - G.A.M. - Reumatologista do H. Sírio Libanês - por divulgar dados sigilosos 2 - P.P.S.F - por repercutir informações de G.A.M. e divulgar Tomografia comentada que seria de Dona Marisa 3 - R.F.H. - Neurocirurgião que propôs "romper o procedimento. Daí já abre a pupila. E o capeta abraça ela". Omitimos os seus nomes por exigência do Código de Ética Médica, que recomenda discrição para que a denúncia seja cabalmente aceita e examinada, mas os três são facilmente identificáveis pelas noticias dos jornais de São Paulo. Em defesa da Ética, do Humanismo e da Compaixão ativa no exercício da Arte da Medicina Em defesa de uma sociedade justa, fraterna e de paz! #SomosTodosPelaVida #MenosÓdioMaisAmor Fortaleza-CE, 03 de fevereiro de 2017 Movimento "Médicos pela Democracia"