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A médica Gabriela Munhoz, pouco tempo após a internação da ex-primeira-dama, enviou detalhes de seu diagnóstico (um AVC hemorrágico nível 4, considerado grave) em um grupo de antigos colegas da faculdade. A atitude, que fere o Código de Ética Médica, gerou uma onda de ódio e "torcida"pela morte de Marisa entre médicos. Um deles chegou a sugerir um meio mais rápido para "o capeta abraçar ela"
Por Redação
A médica reumatologista do hospital Sírio-Libanês, Gabriela Munhoz, foi quem deu o pontapé inicial para o vazamento de informações sigilosas e a consequente onda de ódio com relação à internação da ex-primeira-dama, Dona Marisa Letícia, falecida nesta quinta-feira (2).
Poucas horas após a internação de Marisa, na semana passada, a médica enviou a um grupo de Whatsapp de antigos colegas da faculdade informações sigilosas e detalhadas do estado de saúde da ex-primeira-dama que sequer foram divulgadas publicamente pelo hospital em seus boletins médicos. No mesmo dia, a imagem de uma tomografia associada à Marisa também começou a circular pelos aplicativos de chat, confirmando as informações antes fornecidas por Gabriela.
O vazamento desse tipo de informação foi fundamental para dar combustível à onda de ódio contra Marisa, o ex-presidente Lula e sua família. Com os detalhes e informações de que a ex-primeira-dama poderia morrer a qualquer momento, inúmeras pessoas passaram a "torcer" e contar as horas pela sua morte. Muitas, inclusive, chegaram a ir até a porta do hospital para o fazer. O ódio se espalhou também entre os médicos. No grupo em que Gabriela compartilhou as informações, um dos membros, de acordo com o jornal O Globo, teria dito: "Esses fdp vão embolizar ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí já abre a pupila. E o capeta abraça ela".
O hospital Sírio-Libanês informou que, quanto à tomografia vazada, não consegue investigar, pois teria sido feita em outro laboratório. Quanto à médica que vazou as informações, disse que "tomou as medidas disciplinares cabíveis assim que teve conhecimento da troca de mensagens".
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), por sua vez, investiga o vazamento da tomografia e as mensagens de ódio de profissionais de saúde.