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Em entrevista, filóloga Felicia de Casas criticou a cópia feita pelo ministro da Justiça de trechos inteiros do livro lançado por seu marido em 1995
Por Redação
A filóloga Felicia de Casas, viúva do jurista Francisco Rubio LLorente, classificou como ‘condenável’ o episódio de plágio em que o ministro licenciado da Justiça, Alexandre de Moraes, copiou trechos inteiros de um livro do autor espanhol.
"Não apenas por se tratar de meu marido, mas também por ter sido eu mesma uma professora universitária, isso me parece condenável por razões de ética", disse em entrevista à Folha de S. Paulo.
O livro "Direitos Humanos Fundamentais", lançado por Alexandre de Moraes em 1997, contém partes idênticas ao da obra de Rubio Llorente, de 1995.
O professor José Luis Rodríguez Álvarez, que colaborou com o original, disse que foram necessários dois anos de investigação para a conclusão do livro. "Não havia bases de dados ou mecanismos de busca. Era um esforço manual feito com meios rudimentares", ressaltou.
Por esse motivo, criticou a cópia "não tanto devido aos direitos autorais, mas por ter utilizado nosso trabalho de sistematização".
Moraes foi indicado por Michel Temer para uma cadeira no STF (Supremo Tribunal Federal), na vaga do ministro Teori Zavascki, morto em janeiro.
Foto de capa: Agência Brasil