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Das empresas do chamado "Império X" pouco sobrou nas mãos de Eike Batista, preso na segunda-feira (30) pela Polícia Federal. Na esperança de sair do atoleiro, o empresário arquitetava seu retorno no mercado de pastas de dente ao lado de um pequeno grupo de executivos.
Da Redação com Informações da Folha
Das empresas do chamado "Império X" pouco sobrou nas mãos de Eike Batista, preso na segunda-feira (30) pela Polícia Federal.
O controle de algumas, como a LLX, foi vendido. Dona do porto do Açú, passou a se chamar Prumo após os americanos da EIG a assumirem.
Em outras, como na de energia MPX (rebatizada de Eneva), a fatia de Eike foi drásticamente diluída enquanto sócios colocavam dinheiro para salvá-la —nesta, possui hoje menos de 1%.
Quase tudo o que lhe restou após o desmonte do grupo X foi repassado ao Mubadala, fundo de Abu Dhabi, que em 2012 colocou US$ 2 bilhões na EBX. Com o fundo, ficaram ações de Eike no Burger King, uma mina de ouro na Colômbia, uma fatia da LLX e de um porto da mineradora MMX, o Hotel Glória, entre outros imóveis.
Eike até mantém ações, mas das companhias mais problemáticas. Tem papéis da petroleira OGX, do estaleiro OSX e da MMX —todas num difícil processo de recuperação judicial. Na petroleira, sua fatia de 13% será reduzida em breve para apenas 0,65% após nova rodada de negociações com credores.
Na esperança de sair do atoleiro, o empresário arquitetava seu retorno de seu escritório na Praia do Flamengo, no Rio. Ao lado de um pequeno grupo de executivos, tentava se enveredar no mercado de pastas de dente.
Ao todo, eram cerca de dez pessoas no local. Entre elas, o filho mais velho, Thor, e Lucia Lento, secretária que acompanha Eike há anos.
Chegou a comprar um naco numa empresa de oratória, a Vox2you. E tinha andado animado com a perspectiva de legalização dos jogos de azar no Brasil. Tentou encontros em Las Vegas. Era nos EUA que mais buscava reuniões.
"Aqui andava difícil para ele", diz um executivo próximo.