Dilma, sobre operação da PF na UFMG: "Sombra do estado de exceção continua a se projetar sobre as instituições"

Foto: Roberto Parizotti/ CUT
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Em nota, ex-presidenta lamentou a operação "espalhafatosa" da polícia na Universidade Federal de Minas Gerais Por Redação A ex-presidenta Dilma Rousseff foi mais uma das figuras públicas a manifestar repúdio à operação da Polícia Federal na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (6), Dilma se mostrou indignada com a operação "Esperança Equilibrista", que promoveu conduções coercitivas na universidade para apurar construção do Memorial da Anistia. "É uma bofetada nos anistiados, um desrespeito à memória dos torturados e que tombaram na luta contra a ditadura", afirmou. Confira a íntegra da nota da ex-presidenta. “A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 6, mais uma operação espalhafatosa, dessa vez para apurar suspeitas sobre o Memorial da Anistia, obra da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) feita com recursos do governo federal. Batizada perversamente de “Esperança equilibrista” – uma referência traiçoeira à imortal obra de Aldir Blanc e João Bosco que é simboliza o Hino da Anistia – a operação da PF é uma bofetada nos anistiados e um desrespeito à memória dos torturados e dos que tombaram na luta contra a ditadura. Isso ocorre meses depois da infundada operação desencadeada na Universidade Federal de Santa Catarina que provocou o suicídio do reitor Luiz Carlos Cancellier. Novamente, de maneira injustificada, extrapola-se o limite do bom-senso e monta-se uma operação policial que joga para a plateia, ao envolver mais de 80 policiais para fazer conduções coercitivas. É lamentável que a sombra do Estado de Exceção continue a se projetar sobre as instituições brasileiras”. Dilma Rousseff Foto: Roberto Parizotti/ CUT