Livraria Cultura compra Estante Virtual, inciativa inovadora de venda de livros usados

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Leitores e consumidores criticam a concentração de mercado, que agora põe fim não somente às pequenas livrarias, mas também ao nicho de venda de livros usados, como é o caso da Estante Virtual  Por Redação  A Livraria Cultura, terceira maior do setor no país, anunciou nesta terça-feira (26) que comprou o e-commerce Estante Virtual. O valor do negócio não foi divulgado. A Estante Virtual funcionava, há dez anos, como um "sebo online", em que donos de livros colocavam seus produtos novos ou usados à venda. Até a venda para a Livraria Cultura, eram 4 milhões de clientes cadastrados na plataforma, considerada, até então, uma iniciativa inovadora de venda de livros em meio à concentração cada vez mais intensa que vem acabando com os livreiros e as pequenas livrarias. Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. Nas redes sociais, leitores e consumidores criticaram.  "A Livraria Cultura ou melhor, o seu pool de investidores, comprou os anos de trabalho do Estante Virtual e dos sebos associados pra estabelecer uma plataforma de vendas na internet. Concentração e monopólio é o nome. O romantismo dos “pequenos” na internet vai minguando. O último ato será o fim da neutralidade na rede", escreveu um usuário do Facebook. "Concentração do capital até no mercado de livros usados. Absurdo! Tudo está virando monopólio. Onde está o espaço para o tal do empreendedorismo e o livre mercado? Ou é conversa pra boi dormir?", questionou outro internauta. A compra da Estante Virtual vem em meio a uma investida de aquisições da Livraria Cultura. Recentemente, a empresa comprou a operação de e-commerce da Cnova, rede que reúne Casas Bahia, Ponto Frio e Extra, e ainda adquiriu a operação brasileira da Fnac, multinacional francesa com 12 lojas em sete Estados.