“Tira esse troço daqui”, diz vendedora à passista da Viradouro portadora de nanismo

O caso aconteceu na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Viviane fez um vídeo ao vivo na porta da loja. Veja aqui

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O caso aconteceu na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Viviane fez uma transmissão ao vivo da porta da loja. Veja aqui Da Redação* A bancária, passista da Viradouro e portadora de nanismo, Viviane de Assis, alega ter sofrido preconceito, nesta terça-feira (19), em um shopping na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro. Enquanto fazia compras, uma vendedora negou-se a atendê-la. Ajude a Fórum a fazer a cobertura do julgamento do Lula. Clique aqui e saiba mais. — Ela ficou dizendo para o dono: “Não deixa ela vir pra cá”. Depois, falou: “Tira esse troço daqui, eu não vou atender”. Tudo com ar de deboche, como se quisesse aparecer para os outros. Eu fiquei muito envergonhada — conta Viviane. Revoltada com a atitude da vendedora, Viviane, de 38 anos, iniciou uma transmissão ao vivo no Facebook denunciando o ocorrido. A mulher chega a aparecer nas imagens, ao fundo, mas não é possível ouvir nenhuma ofensa. No vídeo, que já tem quase cem mil visualizações e mais de 700 compartilhamentos, a bancária faz uma série de desabafos: “A gente faz o quê? Chama a polícia, processa a loja?” Ao sair da loja, a passista se dirigiu à 19ª DP (Tijuca), onde registrou ocorrência pelo crime de preconceito. A pena prevista na lei, em caso de condenação, é de um a três anos de prisão. — Nunca passei por nada parecido na minha vida. O máximo que acontece é, quando estou andando na rua, uma pessoa cutucar a outra, apontar, uma risadinha. Ou uma criança, às vezes, que não tem conhecimento... Mas uma situação dessas, com uma mulher já adulta me fazendo passar por esse constrangimento? Nunca — diz Viviane. Logo após o ocorrido, os responsáveis pela loja procuraram Viviane e se desculparam. Contatada pelo EXTRA, Márcia Alves, sócia do espaço ao lado do marido, informou que a funcionária foi demitida assim que os donos tomaram conhecimento da situação. — Nós repudiamos totalmente esse comportamento, e a vendedora foi desligada de imediato. Ela havia começado há menos de 15 dias, porque precisávamos de mais uma pessoa nesse período de Natal. Ela ficou muito nervosa quando viu a Viviane, disse que tem até laudo médico atestando que possui uma fobia. Infelizmente, ela precisaria ter me falado isso antes, porque então não pode ser vendedora. Ninguém pode se comportar desse modo. O que eu pude fazer foi procurar a Viviane e me desculpar — afirma Márcia. *Com informações do Extra Fotos: Facebook