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Enquanto a prefeitura de São Paulo mudava as placas de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros, um motorista perdeu a direção em um trecho de 90 km/h, na pista expressa da marginal Pinheiros e bateu o carro contra a mureta de proteção.
Da Redação com Informações da Folha
Enquanto a prefeitura de São Paulo mudava as placas de velocidade das marginais Tietê e Pinheiros, um motorista perdeu a direção em um trecho de 90 km/h, na pista expressa da marginal Pinheiros e bateu o carro contra a mureta de proteção. O acidente aconteceu próximo à ponte Cidade Jardim, na região do Itaim Bibi, zona oeste de São Paulo, a 1h45 desta quarta-feira (25). Antes da mudança, a velocidade no local da batida era de 70 km/h.
Agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), que acompanhavam uma das equipes que faziam a troca dos selos de velocidade nas placas, viram quando o motorista, que dirigia um Corsa Classic, abandonou o carro. Segundo um deles, o homem estava visivelmente alcoolizado.
Desde a 0h, os antigos limites máximos de velocidades foram restabelecidos nas marginais com um recurso que a prefeitura conseguiu na Justiça. O aumento da velocidade nas vias, uma promessa de campanha do prefeito João Doria (PSDB), é alvo de críticas de especialistas e entidades ligadas ao transporte.
As placas com as novas velocidades começaram a ser ajustadas por volta das 21h30 desta terça (24). Várias equipes da CET passaram a madrugada trocando os selos nas placas e fazendo pintura de sinalização nas pistas das vias.
As velocidades máximas serão reajustadas de 70 km/h para 90 km/h (pista expressa), de 60 km/h para 70 km/h (central), e 50 km/h para 60 km/h (local). A exceção é a faixa mais à direita da pista local, que permanece com o antigo limite de 50 km/h, implementado durante o mandato de Fernando Haddad (PT), em julho de 2015.
JUSTIÇA
O processo judicial sobre os novos limites de velocidade começou na semana passada, quando a Ciclocidade (Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo) pediu a suspensão da medida.
Na última sexta-feira (20), um juiz de primeira instância proferiu liminar favorável à associação, decisão derrubada em segunda instância.
Em nota, a Ciclocidade já afirmou que recorrerá da decisão do Tribunal de Justiça ainda nesta semana.
Na decisão que liberou a gestão Doria para implantar a mudança, a desembargadora Flora Maria Nesi Tossi Silva afirmou que "não é possível atribuir a redução de acidentes e mortes nas marginais única e exclusivamente à redução da velocidade nas mencionadas vias públicas".
De acordo com a magistrada, "é cediço que a segurança no trânsito não deriva exclusivamente da velocidade imposta [...], mas também, e essencialmente, da educação de seus usuários, bem como da fiscalização exercida pelo poder público [...] e ainda de outras medidas que sejam necessárias para tanto".
Foto: Agência Brasil