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Flagrante do fotógrafo José Cícero da Silva, da Agência Pública, mostra uma mulher desacordada após receber uma 'gravata' dos agentes e um garoto negro que teve convulsões ao ser agredido
Por Redação
Voltando da manifestação realizada em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) ontem (5), para marcar os trinta dias que faltam para o início da Olimpíada 2016, o fotógrafo da Agência Pública José Cícero da Silva entrou na estação de metrô Uruguaiana e encontrou um princípio de tumulto. Em depoimento no Facebook, ele contou que alguns jovens tentaram pular as catracas para não pagar a passagem.
Depois, começou uma correria e todos acabaram em outra parte da estação, onde ocorreram várias agressões. “Uma mulher, enquanto estava sendo 'contida' com uma 'gravata', caiu no chão e ficou alguns minutos desacordada. Um menino negro foi encurralado por dois seguranças, que o agrediram. Sua amiga tentava afastar os guardas, que só pararam quando ele sentou-se no chão e começou a chorar”, relatou.
O texto revelou ainda que os seguranças do metrô tentaram impedir o registro em imagens do ocorrido. No vídeo gravado por José Cícero, aparece um agente que diz a uma repórter: “vocês não são jornalistas, não, são baderneiros”.
Dois fotógrafos, mesmo após identificação, foram conduzidos a uma sala e, em seguida, levados para a delegacia. Uma jornalista teve uma de suas lentes danificada pela segurança. O garoto negro encurralado teve convulsões e esperou 20 minutos pela ambulância, que não veio. Quando melhorou, foi levado pelo tio que o acompanhava.
Veja o vídeo aqui.
Foto: Reprodução/Facebook