Serra concede passaportes diplomáticos a líder de igreja evangélica

Documento é “concedido a diplomatas ou a cidadãos brasileiros que, de alguma forma, desempenhem funções de representação do país”, segundo o governo.

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Documento é “concedido a diplomatas ou a cidadãos brasileiros que, de alguma forma, desempenhem funções de representação do país”, segundo o governo. Esse é o segundo passaporte diplomático concedido pelo ministro interino a um pastor evangélico. O último é um investigado pela Lava Jato Por Redação O Ministério de Relações Exteriores expediu nesta quarta (29) passaportes diplomáticos para o líder da Igreja Internacional da Graça de Deus, R. R. Soares e sua esposa Maria Magdalena Ribeiro Soares. A solicitação havia sido feita em 16 de junho deste ano. Segundo a Forbes, Soares é o quinto pastor mais rico do Brasil. Essa não é a primeira vez que o governo expede esse tipo de documentação para representantes da igreja evangélica. Serra já havia dado o benefício ao pastor Samuel Ferreira e sua esposa Keila, sendo que Samuel está sendo investigado na Lava Jato. O pastor da Assembleia de Deus é suspeito de lavar dinheiro de propina para Eduardo Cunha através de uma igreja em Campinas. Fechamento de faculdade Em dezembro de 2015, R.R. Soares fechou a FAPSP (Faculdade do Povo), localizada no centro de São Paulo, de uma maneira conturbada. A mantenedora da faculdade era ligada ao pastor. O anúncio do fechamento da instituição foi feito em um almoço de confraternização para os professores e funcionários e, três dias depois, os 640 alunos foram formalmente informados. Cerca de um terço dos alunos era beneficiário do ProUni (Programa Universidade Para Todos) e afirmaram não ter como arcar com os custos do curso em outras instituições. O fechamento da instituição foi feito de forma irregular, sem que o MEC fosse avisado. Quando comunicado pelos alunos sobre o processo, o Ministério da Educação cobrou explicações. Segundo o diretor-geral, Eber Cocarelli,a faculdade teria fechado por não suportar um déficit de R$ 100 mil. “O Fies foi o grande vilão”, afirmou Cocarelli, que também é pastor.