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Jean Wyllys (Psol -RJ), vaiado ao dedicar o voto de "não" ao impeachment à população LGBT, negra e aos trabalhadores, cuspiu em Bolsonaro (PSC-RJ), que foi aplaudido ao homenagear, em seu voto pelo afastamento da presidenta, o torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra. Psolista alegou que foi chamado de "queima rosca" e "baitola" pelo militar reformado
Por Redação
A TV Câmara não registrou, mas jornalistas e assessores presentes na sessão plenária sobre o impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff garantem que Jean Wyllys (Psol-RJ) cuspiu em direção ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Vaiado ao defender os direitos da população LGBT, negra e aos trabalhadores, Wyllys teria disparado o cuspe após a fala do deputado saudosista da ditadura militar, que elogiou - sob alguns aplausos - o golpe de 1964 e o torturador, reconhecido pela Justiça, Carlos Alberto Brilhante Ustra.
Em texto no Facebook, Wyllys alegou que Bolsonaro o chamou, entre outros xingamentos, de "baitola" e "queima rosca".
"Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando "veado", "queima-rosca", "boiola" e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista. Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que "dedica" seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar. Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace. Ele cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Ele cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou com estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas. Eu não saí do armário para o orgulho para ficar quieto ou com medo desse canalha", escreveu.
Na avenida Paulista, em São Paulo, manifestantes comemoraram a fala de Bolsonaro em elogio ao golpe e a ditadura.