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Administrado pelo governo Alckmin (PSDB), o Metrô pediu para que funcionários de diferentes setores trabalhem a mais para assegurar o funcionamento no dia do protesto pró-impeachment - solicitação que, de acordo com funcionários, nunca aconteceu em atos que não fossem "da direita", mesmo aqueles com um número mais expressivo de pessoas
Por Ivan Longo
Se em manifestações do Movimento Passe Livre o Metrô de São Paulo chega até mesmo a fechar seus acessos, em manifestações pró-impeachment, além de liberar as catracas, há ainda a preocupação de que não haja falhas e que o serviço funcione plenamente, atendendo a toda a demanda. De acordo com funcionários da companhia, está sendo solicitado, por meio dos supervisores diretos, que sejam feitas horas extras no próximo domingo (13), data da manifestação marcada para acontecer na avenida Paulista.
"Isso já aconteceu, na verdade, em outras manifestações pró-impeachment. Só que eles diferenciam. Já tiveram atos contra o aumento da passagem, contra o PSDB, e até atos pró-governo que foram maiores que os da direita, e eles fecharam os portões", disse Alex Santana, funcionário da linha 3 - Vermelha, se referindo ao ato contra o impeachment do dia 16 de dezembro do ano passado, que chegou a ser maior do que aquele que pedia o afastamento da presidenta poucos dias antes.
Alex pontuou ainda que a companhia, administrada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB), entra em contradição ao convocar hora extra para o dia do protesto tendo em vista que, há tempos, alega dificuldades financeiras. "Recentemente eles vieram com várias medidas de economia e corte de de gastos, transformando hora extra em banco de horas informalmente", revelou.
Pelo número de pessoas que é esperado para domingo, o funcionário acredita até mesmo que possa haver a liberação de catracas, como chegou a acontecer no ano passado em manifestações com a mesma motivação.