MPF denuncia Neymar e o pai por falsidade ideológica e sonegação

De acordo com a denúncia, eles forjaram documentos entre 2006 e 2013 com o intuito de deixar de pagar os impostos devidos à Receita Federal; fraude teria gerado prejuízos milionários aos cofres públicos.

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De acordo com a denúncia, eles forjaram documentos entre 2006 e 2013 com o intuito de deixar de pagar os impostos devidos à Receita Federal; fraude teria gerado prejuízos milionários aos cofres públicos Por Redação O Ministério Público Federal divulgou na terça-feira (2) a denúncia contra o jogador Neymar da Silva Santos Junior, seu pai, Neymar da Silva Santos, e dois dirigentes ligados ao Barcelona, por sonegação de impostos e falsidade ideológica. De acordo com o MPF, eles forjaram uma série de documentos entre 2006 e 2013 com o intuito de deixar de pagar os impostos devidos à Receita Federal do Brasil. O pai de Neymar é apontado como o mentor do esquema. Para que sejam considerados réus, um magistrado federal deve acatar a denúncia, dando início ao processo penal, conforme prevê a legislação. Três empresas ligadas à família do atacante estão sendo investigadas: a Neymar Sport e Marketing, a N&N Consultoria Esportiva e Empresarial e a N&N Administração de Bens, Participações e Investimentos. Conforme foi apurado, as companhias não possuíam capital social nem capacidade operacional condizentes com a movimentação financeira realizada. A fraude teria gerado grandes prejuízos aos cofres públicos. Em setembro do ano passado, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região bloqueou R$ 188,8 milhões do jogador, do pai e das empresas da família para assegurar o pagamento das pendências tributárias e das multas cabíveis nesse caso. Ainda segundo a denúncia, as irregularidades foram praticadas em contratos relacionados ao uso do direito de imagem de Neymar enquanto atuava pelo Santos Futebol Clube, a partir de 2006, e durante o processo de transferência do jogador ao Barcelona, cujas negociações tiveram início em 2011. Nota A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) publicou ontem uma nota rebatendo as críticas ao membro do MPF responsável pelas investigações. Em declarações recentes à imprensa, o pai do atacante sugeriu que o procurador da República Thiago Lacerda Nobre poderia ter supostos interesses “extra campo” e que “procura desesperadamente os holofotes da mídia”. “Nada mais equivocado e distante da realidade”, afirmou o comunicado assinado por José Robalinho Cavalcanti, presidente da entidade. “É público e notório que os próprios aqui investigados, Neymar e seu pai, respondem a investigações também na Espanha por fatos que têm ligação e parcial correspondência com os tratados no Brasil, e também sob o foco de não cumprimento de obrigações tributárias”, completou. Foto de capa: Rafael Ribeiro / CBF (Fotos Públicas)