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Ex-presidenta aparece na lista ao lado de personalidades como a cantora Beyoncé, a ginasta olímpica Simone Biles e a primeira-ministra britânica Theresa May
Por Redação
A ex-presidenta Dilma Rousseff, afastada do cargo em agosto, foi escolhida como uma das mulheres do ano pelo jornal britânico Financial Times. Ela aparece na lista ao lado de personalidades como a primeira-ministra britânica Theresa May, a ginasta olímpica Simone Biles, a cantora Beyoncé e a ex-candidata democrata à presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton.
Em uma longa entrevista concedida à publicação em um hotel de Porto Alegre, Dilma ressaltou que uma autoridade mulher é normalmente chamada de "dura", enquanto um homem é considerado "forte". Ela criticou o atual governo brasileiro, que seria formado por "velhos brancos ricos ou, pelo menos, daqueles que querem ser ricos".
Em seu texto, o chefe da sucursal do FT no Brasil, Joe Leahy, considerou o processo de impeachment como um julgamento político, resultado também da queda de popularidade da ex-presidenta e das denúncias de corrupção envolvendo a estatal Petrobras.
Na avaliação do periódico, a petista se colocou como campeã das minorias e dos pobres por meio de programas de assistência social. "Eu acho que a oligarquia tradicional brasileira ficou chateada com essa pequena (redistribuição da riqueza)", disse Dilma. "Após séculos de exclusão, este foi um esforço muito pequeno na inclusão. Não foi fantástico; precisa ser muito mais do que o que fizemos", continuou.
Em sua fala, ela classificou como “loucura” a proposta de Michel Temer de congelar o crescimento dos gastos orçamentários por vinte anos e chamou seu impeachment de golpe. Garantiu ainda que não pensa em se candidatar a cargos eletivos, mas que se manterá ativa politicamente. O perfil feito pelo jornal destacou a trajetória de Dilma como guerrilheira na luta contra a ditadura militar e o legado deixado para as mulheres no país.
Leia a seguir (em inglês).