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Temer optou por não comparecer ao velório dos jogadores na Arena Condá por medo de vaias e pediu para que os familiares fossem até o aeroporto para "dar um abraço no presidente". "Vou ter que deixar meu filho aqui e ir dar uma abraço nele só por que é presidente? De jeito nenhum?", disse, irritado, o pai do zagueir Filipe. Em 2013, Dilma cancelou viagem internacional para prestar apoio à população de Santa Maria (RS) após tragédia em boate
Por Redação
A decisão do presidente Michel Temer de não comparecer no velório coletivo dos jogadores do Chapecoense que morreram no acidente aéreo esta semana irritou um dos familiares. Temer, com medo de vaias, decidiu não ir até a Arena Condá, em Chapecó, e pediu para que as famílias fossem até o aeroporto para lhe dar um abraço.
"Eu não vou, de jeito nenhum. Ele que tem que vir aqui. Você acha que eu vou deixar o meu filho aqui (no velório) e vou lá dar um abraço nele só porque ele é presidente? Não, eu não vou", afirmou, em entrevista ao Estadão, Osmar Machado, filho do zagueiro da Chapecoense, Filipe Machado. Para o pai, a atitude de Temer é tão absurda que "nem parece verdade".
"Qual é o motivo que eu tenho para ir ao aeroporto? Receber um consolo dele? Eu acho o fim do mundo até esse tipo de ... não estou acreditando que isso seja verdade", completou.
Diferentemente de Temer, a ex-presidenta Dilma foi uma das primeiras autoridades a prestar apoio incondicional aos familiares na última grande tragédia ocorrida no país. Em 2013, após o incêndio na boate Kiss, em Santa Maria (RS), Dilma cancelou sua viagem ao Chile e toda sua agenda internacional para ir até a cidade prestar consolo à população.