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O órgão indica que a crise "é resultado da falta de planejamento das ações da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos” e que alertas sobre a atual situação foram dados desde 2004. De lá pra cá, o estado foi gerido por Geraldo Alckmin, José Serra e Alberto Goldman (PSDB) e Claudio Lembo (DEM)
Por Redação
Relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo indica que a crise hídrica "é resultado da falta de planejamento das ações da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos”, ligada ao governo estadual, e que alertas sobre a atual situação foram dados desde 2004 – desse período para frente, São Paulo foi gerido por Geraldo Alckmin, José Serra e Alberto Goldman (PSDB) e Claudio Lembo (DEM). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O documento aponta que “outras medidas poderiam ter sido tomadas anteriormente para que a crise não chegasse ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos para que seus efeitos fossem minimizados”. Cita como exemplos, segundo a matéria do Estadão, "a despoluição dos Rios Tietê e Pinheiros, a recuperação da Billings, o combate 'mais efetivo' às perdas de água, a exigência de medição individualizada nos prédios, maior proteção aos mananciais, exigência de reuso da água na indústria, comércio e condomínios, financiamento de cisternas, anulação dos contratos nos quais a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) dá tarifas vantajosas a grandes consumidores, além da construção de novos reservatórios".
Ainda de acordo com o relatório, Alckmin “deveria ter tomado também medidas efetivas para prevenção e defesa contra eventos hidrológicos extremos". O Tribunal garante que “não é de hoje que alguns atores envolvidos com a questão dos recursos hídricos alertam sobre o problema da escassez”, elencando outros relatórios e planos formulados pelo próprio governo ou pelos comitês de bacias hidrográficas que revelam os problemas na oferta de água para a região.
O documento pede também “a estruturação de um plano de contingências específico para eventuais riscos de escassez hídrica”. O Comitê de Crise criado por Alckmin para propor e discutir ações sobre a falta de água em São Paulo completou, no último dia 4, seis meses, sem atingir nenhum dos objetivos inicialmente traçados. As principais metas eram a elaboração de um plano de contingência e de um plano de comunicação para manter a população informada sobre a situação e as medidas a serem tomadas. Nenhum dos dois foi concluído.
(Foto: Mídia Ninja)