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Associação que representa servidores da Brigada deve protocolar um pedido de prisão do governador José Ivo Sartori pelo descumprimento de uma decisão judicial que impedia o governo gaúcho de parcelar os salários do funcionalismo
Por Luís Eduardo Gomes, do Sul 21
A Associação Beneficente Antonio Mendes Filho (Abamf), que representa os servidores de nível médio da Brigada Militar, anunciou nesta sexta-feira (31) que, após uma reunião envolvendo nove entidades de servidores da corporação, foi convocado para segunda-feira o aquartelamento da polícia militar e do Corpo de Bombeiros. Além disso, o jurídico da entidade deve protocolar um pedido de prisão do governador José Ivo Sartori pelo descumprimento de uma decisão judicial que impedia o governo do Estado de parcelar os salários do funcionalismo.
“A recomendação é que os policiais só saiam para o atendimento de emergências e retornem para o quartel”, disse o secretário-geral da Abamf, Ricardo Agra.
Segundo ele, ainda não é possível calcular o percentual dos servidores da BM e dos Bombeiros que irão aderir ao aquartelamento na segunda, mas já existe a recomendação de que a população fique em casa nesse dia. “Vamos dar publicidade a isso a partir de agora. Estamos pedindo para a nossa sociedade que as pessoas não abram os seus estabelecimentos comerciais e que fiquem em casa para se resguardar”, complementou.
Em nota (acima) assinada pelas nove entidades que participaram da reunião, os servidores também recomendaram a população a ficar em casa na segunda-feira. “Orientamos a população do Rio Grande do Sul, que vê a criminalidade se alastrar diariamente, que não saiam de suas residências na 2ª Feira”, diz a nota.
Agra também afirmou que 100% da categoria foi afetada pelo parcelamento dos salários. Nesta sexta-feira, os servidores do Estado receberam seus vencimentos até o limite de R$ 2,150.
Em decorrência desse parcelamento, o jurídico da Abamf deve protocolar ainda hoje ou “no mais tardar na segunda-feira” ao Tribunal de Justiça um pedido de prisão do governador Sartori pelo governo ter descumprido a decisão judicial que exigia que os salários fossem pagos na íntegra.
Foto: Reprodução