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Em discurso na inauguração da Casa da Mulher Brasileira do Distrito Federal (DF), presidenta Dilma Rousseff criticou o patriarcalismo e exaltou iniciativas para proteger mulheres vítimas de violência
Por Portal Brasil
“Quando a mulher é agredida, toda a família é agredida”. Esse foi o tom do pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff durante a inauguração, na terça-feira (2), da Casa da Mulher Brasileira do DF. Primeira chefe do Executivo na história do País, Dilma criticou o patriarcalismo e exaltou a participação feminina nos programas sociais do governo federal. “A luta constante da mulher brasileira encontra aqui um momento especial”, afirmou a presidenta.
O espaço deverá receber, por dia, 250 mulheres em situação de violência. “A Casa vai proteger as brasilienses que a procurarem”, acrescentou Dilma, ao enfatizar que a estrutura permanecerá aberta 24h por dia. “Nós sabemos que a violência não tem hora para acontecer, mas, muitas vezes, ocorre nas horas mais escuras”.
A Casa da Mulher Brasileira do DF constitui mais uma frente no combate à violência contra as mulheres da capital do País. O local, um dos eixos do programa Mulher, Viver sem Violência, do governo federal, oferece nove serviços diferentes em um mesmo espaço físico. Cento e vinte profissionais estarão à disposição das mulheres vítimas de diversos tipos de violência.
“Essa é uma política de Estado e não de um ou outro governo”, destacou a secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), Aparecida Gonçalves. “Com certeza, esse será um dos melhores serviços do mundo”, completou.
O investimento da ordem de R$ 8,4 milhões traz uma importante inovação no combate à violência contra as mulheres: o atendimento humanizado, com serviços integrados, também presente na primeira unidade, inaugurada em Campo Grande há cerca de quatro meses.
A gestão da Casa ficará por conta do governo do Distrito Federal (GDF). “As minhas palavras são de agradecimento pelo apoio”, elogiou o governador, Rodrigo Rollemberg, durante discurso.
Posto avançado
Além de um posto avançado da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM), a Casa da Mulher Brasileira do DF disponibiliza às vítimas de violência: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; Juizado; Ministério Público; Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; brinquedoteca; alojamento de passagem; e central de transportes.
O coordenador do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Thiago Pierobom, manifestou otimismo em relação ao início do funcionamento da estrutura, que possui cerca de 3,6 mil m2 de área construída. “Nós só temos a avançar e nada a retroceder”, afirmou.
Secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF, Marise Nogueira disse que a iniciativa não é apenas um serviço às mulheres. “Esse é um projeto para toda a sociedade brasileira”, declarou. Em depoimento exclusivo ao Portal Brasil, Marise explicou como o espaço vai complementar a rede de enfrentamento à violência doméstica.
A delegada-chefe, Ana Cristina Santiago, afirmou que o posto avançado da DEAM irá auxiliar na orientação das vítimas de violência. “Vai trabalhar como um apoio às atividades do policial”, esclarece.
Foto de capa: Palácio do Planalto