Instituto Lula acusa 'Época' de esconder respostas

O jornalista da revista procurou o instituto apenas na última quinta-feira - um dia antes da publicação de uma matéria de capa que tenta levantar suspeitas contra o ex-presidente - e deu um prazo de seis horas para as respostas, que foram enviadas na sexta-feira; confira aqui

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O jornalista da revista procurou o instituto apenas na última quinta-feira - um dia antes da publicação de uma matéria de capa que tenta levantar suspeitas contra o ex-presidente - e deu um prazo de três horas para as respostas, que foram enviadas na sexta-feira; confira aqui  Por Jornal GGN  O jornalista Thiago Bronzatto, da revista Época, procurou o Instituto Lula com uma série de perguntas encaminhadas por email que deveriam ter sido respondidas em um prazo de três horas. As respostas iriam compor parte da matéria de capa da edição desta semana, intitulada “Lula, o operador”, que se prestou a levantar suspeitas de tráfico de influência realizado pelo ex-presidente. O Instituto, no entanto, afirma ter respondido as perguntas do repórter dentro de um prazo apertado para um texto dessa magnitude. E mesmo assim as respostas não foram utilizadas para compor o trabalho “jornalístico”. O presidente do Instituto, Paulo Okamotto, disse em sua resposta: “É um pena que você entrou em contato comigo na quinta-feira, 30 de abril, 11:23, por telefone, com apenas três horas para a resposta antes do fechamento da matéria. Eu teria o maior prazer em encontrar com você e responder pessoalmente as suas perguntas e explicar melhor o trabalho do Instituto Lula, o que certamente evitaria qualquer erro de informação transmitido aos seus leitores”. Confira a íntegra da resposta: Por Paulo Okamotto Do Instituto Lula A revista Época, por meio da pessoa do jornalista Thiago Bronzatto, procurou na quinta-feira o Instituto Lula, pedindo com um prazo de três horas, a resposta de uma série de perguntas encaminhadas por e-mail. A revista nada perguntou ou informou sobre a iniciativa do Ministério Público.  As questões foram respondidas no texto abaixo na própria quinta-feira. A revista não liberou a segunda parte da matéria na internet, justamente a parte onde estão as respostas do Instituto Lula e dos demais citados. Dessa forma, muitos jornalistas e leitores não tiveram acesso às respostas dadas às ilações incorretas da revista. Segue abaixo a íntegra da resposta do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, enviadas nesta quinta-feira, às 15h03, para o jornalista Thiago Bronzatto. Assessoria de Imprensa do Instituto Lula Caro Thiago Bronzatto, É um pena que você entrou em contato comigo na quinta-feira, 30 de abril, 11:23, por telefone, com apenas três horas para a resposta antes do fechamento da matéria. Eu teria o maior prazer em encontrar com você e responder pessoalmente as suas perguntas e explicar melhor o trabalho do Instituto Lula, o que certamente evitaria qualquer erro de informação transmitido aos seus leitores. Na esfera internacional, o Instituto Lula tem como principais objetivos cooperar para o desenvolvimento da África e apoiar a integração latino-americana. Nos últimos quatro anos, realizamos diversas atividades nesse sentido, com diferentes parceiros do Brasil e do exterior. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe com frequência dezenas de convites para explicar o êxito econômico e social do seu governo e opinar sobre temas regionais e globais. Esses convites partem tanto de entidades populares, empresariais, sindicais, movimentos sociais, universidades e centros de pesquisa, quanto de governos, organismos multilaterais e órgãos de imprensa. Em todas as agendas do ex-presidente predomina o empenho em consolidar a imagem e os interesses da nação brasileira. A diversidade e quantidade de eventos institucionais realizados estão à disposição em nosso site. No caso de atividades profissionais, palestras promovidas por empresas nacionais ou estrangeiras, o ex-presidente é remunerado, como outros ex-presidentes que fazem palestras. O ex-presidente já fez palestras para empresas nacionais e estrangeiras dos mais diversos setores - tecnologia, financeiro, autopeças, consumo, comunicações - e de diversos países como Estados Unidos, México, Suécia, Coreia do Sul, Argentina, Espanha e Itália, entre outros. Como é de praxe as entidades promotoras se responsabilizam pelos custos de deslocamento e hospedagem.  O ex-presidente faz apenas palestras, e não presta serviço de consultoria ou de qualquer outro tipo. Todas as viagens do ex-presidente foram divulgadas para a imprensa, mesmo sem ele ter nenhuma obrigação de fazê-lo, por não ocupar nenhum cargo público desde janeiro de 2011. Não houve nenhuma viagem sigilosa. A viagem que você citou foi divulgada por release para a imprensa no dia 25 de janeiro de 2013 http://www.institutolula.org/lula-viaja-para-cuba-republica-dominicana-e.... Em suas viagens, o ex-presidente participa como convidado de grandes eventos públicos e realiza encontros com lideranças de diversos setores. Inúmeras vezes foi recebido pelos chefes de Estado ou de Governo. Da mesma forma, chefes de Estado e de Governo em visita ao Brasil muitas vezes solicitam encontros com o ex-presidente. Foi o caso por ocasião da visita do presidente de Gana, que lhe solicitou agenda quando veio ao Brasil lançar seu livro. Essas informações também estão disponíveis no nosso site: http://www.institutolula.org/presidente-de-gana-e-lula-conversam-sobre-c... Paulo Okamotto Presidente do Instituto Lula São Paulo, 30 de abril de 2015 Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula