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Um dos principais operadores do esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro Alberto Youssef disse, em depoimento à Justiça, que o atual presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi o ‘destinatário final’ do pagamento de propina pelo aluguel de navios-sonda
Por Pragmatismo Político
O doleiro Alberto Youssef afirmou nesta quarta-feira à Justiça Federal que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), era um dos “destinatários finais” da propina – de cerca de R$ 4 milhões – paga pelo aluguel de navios-sonda para a Petrobras, em 2006. As informações foram inicialmente publicadas em matéria da Folha de S.Paulo.
Neste processo, são réus o operador Fernando Soares, o Baiano, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e o empresário Júlio Camargo.
O doleiro reafirmou ainda que partiu de Cunha requerimentos feitos na Câmara para pressionar a empresa Mitsui, que estaria atrasada no pagamento da propina em 2011. “Fui chamado em 2011 pelo Julio Camargo no seu escritório, onde ele se encontrava muito preocupado e me relatou que o Fernando Soares, através do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), havia pedido alguns requerimentos de informações referentes aos contratos da Mitsui, da Toyo e do próprio Julio Camargo, através de outros deputados”, relatou o doleiro à Justiça.