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De acordo com a Polícia Militar do Paraná, que atacou manifestantes e professores em frente à Assembleia Legislativa, 17 PMs que se recusaram a participar do cerco foram detidos; prefeito de Curitiba já apelou ao governador tucano, Beto Richa, que mande a polícia parar com a repressão
Por Redação
Se é possível extrair algum tipo de notícia positiva da manifestação de professores e funcionários públicos no Paraná desta quarta-feira (29) é que nem todos os policiais convocados para reprimir a população concordam com a decisão do governador Beto Richa (PSDB). Ao menos dezessete PMs se recusaram a participar do cerco contra os manifestantes em frente à Assembleia Legislativa do estado e, por descumprir as ordens, foram presos. As informações foram fornecidas pela própria Polícia Militar ao jornal O Estado de São Paulo.
De acordo com a prefeitura de Curitiba, 213 pessoas que protestavam contra um projeto de lei do governador Richa que altera a previdência dos funcionários públicos ficaram feridas em meio a bombas de gás e balas de borracha desferidas pela PM. Até cachorros pit-bull chegaram a ser utilizados.
Diante do cenário de guerra, a prefeitura disponibilizou dezenas de agentes de saúde para acolher a população ferida e liberou os funcionários públicos que estavam trabalhando e crianças que estavam nas creches.
"Estamos fazendo o possível para atender os feridos na Prefeitura, mas nossa capacidade é limitada. Faço um apelo ao governador, Secretaria de Estado da Segurança Pública e Assembleia. Por favor. Momento é de pacificar. Já temos muitos feridos aqui", apelou o prefeito Gustavo Fruet (PDT).
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Foto: Agência Paraná