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A reintegração de posse da escola estadual Professora Heloisa de Assumpção já é a quarta autorizada; até agora, nenhuma foi colocada em prática
Por Redação
A desocupação da escola estadual Professora Heloisa de Assumpção, em Osasco, foi autorizada nesta segunda-feira (16) pelo juiz Olavo Sá Pereira, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Osasco, ao governo Geraldo Alckmin (PSDB). A resolução permite que a Polícia Militar entre no colégio e retire os estudantes que protestam no local.
Na decisão, consta que os ocupantes "podem os demandados se manifestar, mas sem obstruir e ocupar prédio público, impedindo seu normal funcionamento e obstruindo sua relevante função pública, em detrimento da sociedade". No texto, o juiz pede reforços da Polícia Militar e do Ministério Público de São Paulo. Na terça-feira (17), o MP pediu a revogação da decisão, mas até as 18 horas de hoje (18) o juiz não havia respondido.
A escola foi ocupada pelos alunos na última quinta-feira (12), em protesto contra a reorganização do sistema de educação estadual em São Paulo. Proposta pelo governo Alckmin, a reforma fecharia 94 colégios públicos. “A escola é nossa casa, e estamos cuidando dela, arrumando tudo o que era negligenciado antes das ocupações”, diz o estudante Victor West Benevides, de 16 anos, que está na mobilização desde o início. Ele contou também que os alunos estão organizados dentro da escola, mas preferiu não comentar ainda a questão da desocupação.
O governo já havia conseguido a reintegração de posse das escolas Fernão Dias, na Zona Oeste, da E.E. Diadema e da E.E. Salvador Allende, na Zona Leste. Porém, as decisões foram revogadas antes de entrar em vigor, após alertas de desfecho violento do MP.
(Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)