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O coronel reformado – primeiro militar reconhecido pela Justiça como torturador – estava com 83 anos e tratava de um câncer; na década de 1970, era chefe do DOI-Codi, órgão de repressão da ditadura
Por Redação
Morreu em Brasília (DF), na madrugada desta quinta-feira (15), o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ulstra, o primeiro militar reconhecido pela Justiça brasileira como torturador. Ele estava com 83 anos e estava internado para o tratamento de um câncer. De acordo com a família, Ulstra fazia quimioterapia e estava com a saúde fragilizada.
Gaúcho, o militar atuou entre 1970 e 1974 como chefe do Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi) - principal órgão de repressão da ditadura militar -, em São Paulo. No local, de acordo com apurações da Comissão Nacional da Verdade, teriam sido torturadas 502 pessoas e assassinadas outras 50.
Ulstra sempre negou as acusações mas, em algumas ocasiões, admitiu "excessos". Ele já foi citado em inúmeros depoimentos de ex-presos e ex-agentes e já chegou a admitir, inclusive, que utilizava o codinome "Dr. Tibiriçá" - constantemente relatado por vítimas.
Foto: CNV