Adolescente de 16 anos e sua mãe foram retirados do Rio de Janeiro pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República
Da Redação
A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com ajuda da Polícia Federal, retirou do Rio de Janeiro na madrugada deste sábado, 21, duas testemunhas do inquérito que investiga o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, morador da Rocinha. As testemunhas, um adolescente de 16 anos e sua mãe, pediram para entrar no Programa de Proteção à Criança e ao Adolescente Ameaçado de Morte.
De acordo com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o pedido será analisado no máximo em uma semana, mas como as testemunhas estavam recebendo ameaças de morte, a pasta optou por já levá-los da capital fluminense para um destino não revelado em outro estado.
O adolescente afirmou inicialmente, em depoimento, que Amarildo de Souza foi morto por um traficante da Rocinha. Porém, em outro depoimento, o jovem disse que foi coagido pela Polícia Militar para acusar o traficante.
O pedreiro Amarildo de Souza desapareceu no dia 14 de julho, quando foi visto pela última vez sob custódia da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. O caso ganhou grande repercusão e tornou-se uma cobrança presente em diversas manifestações pelo Brasil: “Cadê o Amarildo?“
Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, desde quando foi criado, em 2003, o Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte já acolheu 2.983 crianças e adolescentes e 4.083 familiares.
(Foto de capa: Fernando Frazão/ABr)