João Batista Soares já havia afirmado que vai orientar seus médicos "a não socorrerem erros dos colegas cubanos”
Da Redação
[caption id="attachment_31334" align="alignleft" width="300"] João Batista Soares, presidente do CRM-MG (Foto: Viomundo)[/caption]O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) continua se mostrando intolerante com os médicos estrangeiros que chegam ao Brasil para atuar no programa federal “Mais Médicos”. O presidente da entidade, João Batista Gomes Soares, afirmou nesta terça-feira (17), que não irá assinar o registo provisório dos profissionais que vieram de outros países.
“Não é medida de exceção e nem de emergência. Não há justificativa para essa contratação sem revalidação do diploma. Não tem emergência. O caos já estamos denunciando há mais de 10 anos. Nenhuma atitude foi tomada. É uma aposta política do governo”, afirmou Soares.
O CRM-MG já havia tentado impedir o fornecimento dos registros provisórios na Justiça. Porém, no último dia 27 de agosto saiu a decisão desfavorável à entidade. O juiz titular da 5ª Vara Federal da Seção Judiciária de Minas Gerais, João Batista Ribeiro, indeferiu o pedido do conselho, e considerou que o programa Mais Médicos é uma "política pública de saúde da maior relevância social de sorte que o bem da vida, que está sob perigo real e concreto, deve ter primazia sobre todos os demais interesses juridicamente tutelados".
Soares já havia se mostrado intransigente com os médicos estrangeiros, quando, no último dia 23 de agosto, afirmou: “Nossa preocupação é com a qualidade desses médicos, que são bons apenas em medicina preventiva, não sabem tirar tomografia. Vou orientar meus médicos a não socorrerem erros dos colegas cubanos.”
À época, Soares chegou a dizer que classificava o “Mais Médicos” como “coisa da época da ditadura”.