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Serão 26 policiais no banco dos réus. Até o final do ano de 2013, 83 acusados devem ser julgados
Por Igor Carvalho
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[caption id="attachment_22611" align="alignleft" width="480"] Cena do filme Carandiru que retata o massacre (Reprodução)[/caption]
Na próxima segunda-feira (8), no Fórum Criminal da Barra Funda, começa o Júri Popular dos 26 policiais acusados de assassinar 15 dos 101 presos mortos no episódio que ficou conhecido como “Massacre do Carandiru”.
As execuções ocorreram no dia 2 de outubro de 1992, no 2º pavimento do Pavilhão 9. O julgamento será dividido em quatro blocos. Nesse primeiro, seriam julgados 28 acusados, porém, dois morreram. A expectativa do juiz José Augusto Nardy Marzagão é que os 83 réus sejam julgados até o final de 2013.
Caso todos os acusados fossem analisados ao mesmo tempo, não haveria condições para que a promotoria e a defesa apresentassem suas teses. O número de réus inicialmente era de 116, porém, a morosidade do julgamento diminuiu esse número, por conta da prescrição dos crimes e mortes dos acusados.
A pena para o crime de homicídio é de 12 a 30 anos, porém, se condenados, os policiais não devem ser presos imediatamente, já que podem recorrer em liberdade.
O promotor Fernando Pereira da Silva, demonstra preocupação com a memória dos jurados, já que o caso completa 21 anos em 2013. Por isso, deve recorrer às consequências da tragédia, entre elas, a criação do Primeiro Comando da Capital (PCC). “Um aspecto que será lembrado (no júri) é que, em 1992, não existiam facções criminosas organizadas. A gente tinha quadrilhas e bandos isolados dentro dos estabelecimentos prisionais. (...) O massacre do Carandiru foi o estopim da organização dos criminosos”, disse o promotor ao Terra.