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Em uma curta crônica, o escritor fala sobre uma realidade que muitos fingem não ver
Ferréz, fotos por Marcus Kawada.
Acordar no extremo sul da Zona Sul hoje é sair na rua e conferir se não tem nenhum corpo no chão, eu voltei aos meus 12 anos, quando isso infelizmente era comum.
A polícia militar, perturbada com as mortes dos seus companheiros, começa a declarar sua guerra particular.
O homem comum, trabalhador que sai para comprar sua pizza no Jardim Jangadeiro, morre baleado, um carro prata e nada mais, uma vida no chão.
O menino de 15 anos na Vale das Virtudes, morre com tiro no ouvido, um carro sai em disparada, alguns sonhos não realizados.
Entre a guerra entre o crime e a policial tem uma conta que não fecha, a morte de inocentes.
A mídia se cala, não dá atenção, não está na situação, quantos deles estão dentro das favelas, escutando os tiros e vendo os sonhos serem destruídos?