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Presidentes do PT e do PSDB dizem que partidos não terão candidatos que seriam impedidos de disputar eleição, mesmo que Ficha Limpa não seja aprovado a tempo
Por Camila Souza Ramos
Sérgio Guerra e José Eduardo Dutra, presidentes do PSDB e do PT, afirmaram hoje, 10, que os partidos não vão lançar candidaturas que fossem impedidas de concorrer às eleições pelo Projeto Ficha Limpa caso o projeto não seja aprovado e ou não passe a valer para o pleito deste ano.
A resposta foi dada após serem perguntados do motivo pelo qual os partidos não haviam feito como o PV, que já anunciou publicamente que vai impedir candidaturas de políticos com alguma condenação jurídica. Tanto Guerra como Dutra ainda brincaram que seus partidos são “limpos” desde suas constituições, e afirmaram que são a favor da votação do projeto para que seja aplicado ainda neste ano.
Segundo Dutra, o PT irá adotar critério do texto aprovado, que impede a candidatura de pessoa que tenham condenação por decisão de colegiado da Justiça. O Projeto Ficha Limpa chegou ao Congresso por uma iniciativa popular e contou com mais de 1,6 milhão de assinaturas. Em sua proposta inicial, ele impede a candidatura de condenados em decisão colegiada em primeira instância da Justiça por crimes graves, como estupro e homicídio, e tornava-os inelegíveis por oito anos.
Judicialização da campanha Os processos movidos pelo PT e pelo PSDB um contra o outro alegando antecipação de campanha eleitoral não tem perspectiva de acabar. Pelo menos é o que demonstrou o senador Sérgio Guerra ao afirmar que seu partido quer somente “a lei cumprida”. “Não queremos candidatos que usam a condição de estar no governo para prejudicar o país inteiro”, afirmou.
A briga de representações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) intensificou após a aparição da pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, em evento promovido pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pela aparição do pré-candidato do PSDB à presidência, José Serra, em evento promovido promovido por evangélicos em Camboriú (SC).
Enquanto Guerra respondeu às questões jurídicas da campanha eleitoral, o petista Dutra fez para uma análise ética da campanha, e citou os sites criados pelo tesoureiro nacional do PSDB Eduardo Graeff caluniando Dilma Rousseff. “Se no blog tem uma palavra a mais”, tergiversou o tucano , “isso posso ver com ele (Dutra) depois. Mas essa é uma questão que não interessa”.