Por Redação
A Promotoria de Justiça do Consumidor da Capital (SP) decidiu que os óleos de soja das marcas "Liza" e "Soya" devem colocar em seus rótulos os alertas "contém soja transgênica" ou "produto produzido a partir de soja transgênica". Os produtos pertencem às empresas Cargill e Bunge Alimentos, respectivamente.
A decisão só foi tomada após a Organização Não Governamental (ONG) Greenpeace ter feito uma pesquisa de campo que denunciou a utilização de soja geneticamente modificada por parte da Cargill e da Bunge para a produção de óleo, fato que não estava sendo divulgado pelas empresas.
O advogado do Instituto de Defesa do Consumidor (IDEC), Paulo Pacini, adverte que a Cargill e a Bunge não são as únicas empresas que deviam ser notificadas.
“Não se tem notícias de nenhum produto no mercado brasileiro que tenha contenha essa informação e paralelamente a isso sabemos que o consumidor aqui no Brasil tem ingeridos produtos com conteúdo transgênico”.
Paulo Pacini afirma que a não divulgação de informações a respeito de seus produtos mostra uma falta de ética por parte destas empresas.
“A obrigação das empresas de informar aos seus consumidores se determinado produto é transgênico ou não é uma questão ética. As empresas devem informar a qualquer consumidor sobre todas as características de seu produto. Não bastasse isso, nós temos o Código de Defesa do Consumidor que assegura a todos os consumidores estas mesmas informações”.