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Dia 22, a polêmica em torno do rio São Francisco terá a Capital Federal como palco de discussão
Por Brunna Rosa
Manifestações contra e a favor da transposição do Rio São Francisco estão marcadas para a próxima quarta-feira, 22, em Brasília. Movimentos sociais contrários ao projeto agendaram uma marcha na capital federal e marcaram reuniões com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Segundo Rubens Siqueira, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em entrevista a Fórum, a marcha para Brasília tem o intuito de colocar em pauta nacional a discussão a respeito da transposição do Rio São Francisco “A discussão a respeito da transposição ainda é muito regional, a marcha levará técnicos e estudiosos a Brasília para se reunirem com autoridades para mostrar que a transposição do Rio São Francisco só agravará os problemas do Semi-Árido”, avalia.
Os manifestantes pró-transposição contam com o apoio de quatro governos estaduais do Nordeste: Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte. Cassio Cunha Lima (PSDB), governador da Paraíba, declarou à Agência Brasil que pretende levar “a maioria que defende a transposição e que até aqui se manteve silenciosa”.
Siqueira demonstra preocupação quanto a atividade pró-transposição no mesmo dia, e a possível deturpação da cobertura. No mesmo dia acontece, em Brasília, a Marcha das Margaridas, organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Eles prometem levar duas mil mulheres para reafirmar a luta das trabalhadoras rurais pelos seus direitos. Ele acredita que, como a Contag não tem uma posição oficial definida a respeito da transposição do São Francisco, pode haver “deturpação por parte da mídia”.