O cantor Roberto Carlos, por meio de um documento encaminhado à Justiça, rebateu a acusação de plágio feita por uma professora e desqualificou o laudo pericial que confirmou a denúncia.
Roberto chamou de “frágil e superficial” a peça produzida pelos peritos, que concluiu que a canção “Traumas", lançada por ele e o parceiro Erasmo Carlos em 1971, é um plágio da música “Aquele Amor Tão Grande”, de autoria da professora Erli Cabral Ribeiro Antunes.
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O laudo, realizado por determinação da Justiça, é assinado pelos peritos Cesar Peduti Filho e Eliane Pelegrini.
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O cantor declarou à Justiça que o laudo “é tecnicamente falho e imprestável” e que “revela o despreparo técnico dos profissionais”. O artista ainda debochou da perita Eliane Pelegrini, formada em musicoterapia, a chamando de “terapeuta musical”.
“Inexiste no documento qualquer aprofundamento técnico musical que embase a conclusão aleatória de que ocorreu plágio”, destacou o advogado Marco Bezerra Campos, representante legal de Roberto Carlos, de acordo com informações da coluna de Rogério Gentile, no UOL.
Os peritos analisaram as duas canções e concluíram que têm “trechos idênticos”, ainda que existam “pequenas alterações” rítmicas e de tonalidade.
“Comparados os compassos de ambas as canções, a ideia central da música ‘Aquele Amor Tão Grande’ é tocada como refrão da música ‘Traumas’. Não restam dúvidas quanto à reprodução parcial da obra. Verificou-se o plágio”, afirmaram.
O que diz a professora
Erli Cabral Ribeiro Antunes declarou à Justiça que registrou sua canção no dia 3 de fevereiro de 1971, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Segundo o processo, dois dias depois ela levou uma fita com a música e a partitura para uma apresentação de Roberto Carlos no município de Paraíba do Sul, no Rio de Janeiro. Ela alegou que tinha esperança de mostrar a canção ao artista.
A professora disse, ainda, que deixou a fita e uma carta endereçada a Roberto com um músico da banda.
Erli declarou no processo que, em julho de 1971, tomou conhecimento de uma nova canção lançada por Roberto, em parceria com Erasmo. Ela ouviu e percebeu que havia “identidade” com a sua.
O cantor já havia afirmado à Justiça que a acusação de plágio é "fantasiosa" e que uma "narrativa ficcional como a feita pela autora do processo é profundamente ofensiva a sua honra".
Roberto destacou, também, que “sua carreira se pautou pela extrema correção de procedimentos, inclusive no respeito aos direitos autorais”. O processo ainda não foi julgado.