Ela foi uma das maiorias divas dos Anos 50 e 60, e chegou fazer sucesso no Brasil em sua passagem pela praia de Búzios, mas atualmente, a atriz francesa Brigitte Bardot tem sido alvo de diferentes polêmicas, como a que ganhou as manchetes da imprensa francesa nesta sexta-feira (29).
Em entrevista para a revista italiana Oggi, a artista afirmou que a pandemia do coronavírus SARS-CoV-2 (causador da infecção covid-19) “é algo bom, pois controla a superpopulação”.
“Creio que a covid e as outras epidemias que ainda estamos descobrindo acabarão restaurando dolorosamente uma nova ordem (…) quando essas 5 bilhões de pessoas deixarem a terra, a natureza vai recuperar seus direitos”, afirmou Bardot, que milita em uma fundação que defende os direitos dos animais desde 1986.
A reportagem também traz fotos da atriz, de 86 anos, que está em isolamento em sua mansão em Saint Tropez, no sul da França.
Neste novo milênio, Bardot deixou de lado a imagem de símbolo sexual para se tornar pivô de polêmicas declarações. Em 2003, ela lançou um livro chamado “Un cri dans le silence” (ou “um grito no silêncio”, em tradução livre), no qual expõe ideias abertamente racistas com relação aos imigrantes árabes na França, e critica o que chama de “islamização” do seu país.
Vale lembrar que, em seu último casamento, ela se uniu a um assessor político ligado ao partido de extrema direita Frente Nacional, quando este era liderado por Jean-Marie Le Pen – atualmente, presidido por Marine Le Pen, filha de Jean-Marie.
Em 2005, ela declarou, em uma entrevista, a respeito da repercussão do seu livro, que está a favor de “governos mais duros, capazes de colocar ordem na bagunça em que vivemos. Quando penso que o governo francês deixa de fora os cidadãos pobres que trabalham duro e recebem menos ajuda do que todos esses imigrantes que nos atacam, fico horrorizada”, comentou.
Outra faceta da Brigitte Bardot do Século XXI é o seu repúdio às causas feministas. O principal alvo de suas críticas é o movimento Me Too, que denuncia os casos de abuso sexual na indústria do entretenimento.
Segundo a atriz francesa, as atrizes de hoje “reclamam de tudo. Vai chegar o dia em que dizer a uma mulher que ela é bonita vai ser um crime. Eu sempre gostei de ser observada e desejada”.