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Por Elmano Freitas*, em O Povo
Desde janeiro de 2003, quando o PT assumiu o Governo Federal e iniciou projeto para diminuir as desigualdades sociais, não foi fácil para determinados setores vivenciar essas transformações. Como diz o presidente Lula, são críticas mais direcionadas ao que o PT fez de bom do que aos nossos erros. É fato que a vida do brasileiro melhorou nos 12 anos de governo petista e que a sociedade reconhece melhorias quando elege por quatro vezes seguidas o PT para governar o país. Conquistas como tirar mais de 24 milhões de pessoas da linha da miséria, unificar os programas sociais e transformar o Bolsa Família no maior programa de transferência de renda do mundo, foram direcionadas para parcela da sociedade que antes não era prioridade.
E foi para essa parcela que o governo petista abriu as portas das universidades e gerou, como nunca, empregos com carteira assinada, assim como reconheceu os direitos dos empregados domésticos. Foram conquistas para as classes menos favorecidas e que alteraram a vida dos. Isso gerou desconforto e incômodo em alguns setores. É certo que o PT está vivenciando outra realidade, um momento em que nossos rojeto deram bons frutos e que com a nova situação do Brasil precisamos nos reposicionar, dizer para as pessoas o que o PT ainda é capaz de fazer pelo país.
O Brasil necessita de mudanças estruturais e o governo precisa tomar a iniciativa para implementá-las. Precisamos de uma reforma tributária que altere o sistema de tributos indiretos, onde a maioria da população (camadas mais pobres e classe média) é taxada com alta carga na base do consumo. É preciso isentar os mais pobres e aliviar a classe média, passando a conta para as grandes fortunas. Temos que iniciar forte ação para direcionar à sociedade a construção dos seus meios de comunicação garantindo pluralidade e maior acesso a informação. Efetivar de vez a reforma política que garanta retirar dos processos eleitorais o peso econômico de empresas privadas, proibindo financiamento empresarial como já se manifestou a maioria dos ministros do STF.
Por fim, no combate a corrupção, apresentar medidas duras que aprofundem a punição aos atores dessa prática e assumirmos claramente uma postura de transparência perante à sociedade. As vozes que vão às ruas representam disputa de projetos na sociedade e precisamos levar em consideração. Abrir o diálogo com a sociedade é um caminho que podemos construir juntos, desde que o debate seja político e sério, na intenção de unirmos forças para continuar crescendo. Hoje, o Brasil tem uma democracia que permite que o povo tenha voz. Temos um governo eleito pela maioria do nosso povo e com legitimidade para fazer as mudanças necessárias para continuar a alimentar nos brasileiros os sonhos e esperança, característica que nos são tão peculiares.
* Ligado aos movimentos sociais, é deputado estadual do PT no Ceará. Foi candidato a prefeito de Fortaleza em 2012.