Crise na Ucrânia tem China-Rússia no "melhor momento"

"A Rússia é o paem que a China mais pode contar", afirmou aquele jornal, uma de língua inglesa do grupo Diário do Povo, o órgão central do Partido Comunista Chinês. China e Rússia partilham uma fronteira com cerca de 4.200 quilômetros de extensão.

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Da RTP Notícias, com informações da Agência Lusa O ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, afirmou hoje (8/3) que as relações sino-russas estão a atravessar "o melhor momento da sua História", salientando a "profunda amizade" entre os presidentes dos dois países. "As relações entre a China e a Rússia caracterizam-se por um alto nível de confiança mutua, firme apoio de um ao outro e intensificação da cooperação em vários domínios", disse Wang Yi em Pequim. "Os nossos dois presidentes estabeleceram uma amizade profunda e desempenham um importante papel na condução das relações bilaterais", acrescentou. Em fevereiro passado, pela primeira vez, um presidente chinês assistiu à abertura dos Jogos Olímpicos de inverno, que decorreram na cidade russa de Sochi. Wang Yi não comentou, contudo, a posição da Rússia sobre a Ucrânia e, quando foi questionado sobre o assunto, apelou à "calma e a contenção", distinguindo-se do alinhamento pró-russo manifestado nos últimos dias na imprensa oficial chinesa. O Global Times, por exemplo, defendeu que a opinião pública chinesa "deve estar firmemente ao lado da Rússia e apoiar a resistência russa às pressões ocidentais". "A Rússia é o parceiro que a China mais pode contar", afirmou o jornal de língua inglesa do grupo Diário do Povo, do órgão central do Partido Comunista Chinês. China e Rússia partilham uma fronteira com cerca de 4.200 quilômetros de extensão, e no início da década de 1950, tinham um idêntico regime político. Mas na década de 1970 tornaram-se ideologicamente rivais e depois inimigos, com violentos incidentes ao longo da fronteira. As relações entre Pequim e Moscou só se normalizaram após o colapso da União Soviética, em 1991.