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[caption id="attachment_2873" align="alignleft" width="150" caption="Debandada geral"][/caption]
Pintou o "barata voa"* na campanha de Serra. Cada um corre pra um lado tentando se salvar. É debandada geral. Talvez sobre o Ali Kamel (o suposto jornalista, não o ator), Frias Filho e a turma dos Civita. E olhe lá!
Alckmin precisa manter a fortaleza em São Paulo. Beto Richa talvez consiga no Paraná. Tá difícil do Aécio emplacar o Anastasia em Minas - mas ainda tem jeito. E o melhor caminho pra salvar alguma coisa no terreno da oposição parece ser abandonar o Serra.
Serra caminha para repetir o Cristiano Machado, 60 anos mais tarde. Era o candidato do PSD em 1950 - abandonado pelo partido, que preferiu apoiar Vargas. Sobre isso, escrevi aqui.
Quem deu a senha pro barata voa hoje foi o Roberto Jefferson (aquele que detonou o tal "mensalão"). Vejam o que ele andou escrevendo no twitter, segundo o relato do Brizola Neto:
"O twitter de Roberto Jefferson virou um mural de imprecações contra José Serra. Até copiei a tela, para o caso de pressões irresistiveis “destuitarem” o que Jefferson diz. Alguns pequenos exemplos do elevado nivel de solidariedade moral entre o presidente do (não confundir com o de Vargas) PTB, que há um mês e meio, ilegalmente, cedeu o programa em rede de seu partido para o “coiso”.
1 – Nem conheço o Serra
“Eu apoio Serra a pedido do Geraldo Alckmin. Sou Geraldo, não conheço o Serra. Só de ouvir falar.”
“Eu encontrei com o Serra duas vezes. Uma na convenção do PTB. Outra na casa do Geraldo Alckmin.”
“Quando chego a São Paulo encontro o Sergio Guerra, o Eduardo Jorge e o Marcio Fortes. E para aí. Nunca conversei com o Serra.”
2 – Serra é uma bobagem
“Serra é responsável pela nossa dispersão. Nunca nos reuniu.”
“Se o Gonzalez ouvisse um pouco os políticos, não poria no ar uma favela fake, nem o bobajol do Zé.”
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*Em 1997 eu era um paulista recém chegado ao Rio; tive o prazer de conhecer o cinegrafista (e filósofo popular) Carlos Trinta. Entre outras pérolas do carioquês, ele me ensinou o que era "barata voa" (a expressão, naquele época, ainda era mais usada em alguns nichos do subúrbio, não tinha chegado à zona sul). Foi numa reportagem em que íamos acompanhar a visita do (então) governador Marcelo Allencar à Cidade de Deus. O Trinta vira pra mim e diz: "maluco, quando o Velho Barreiro chegar vai ser uma barata voa do c..." Não deu outra. Marcelo chegou, meio cambaleante, e deu-se o barata voa generalizado. Como agora, na campanha de Serra.