Radiodifusores sobre 700 MHz: 'que o setor de telecom não se afobe'

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Texto publicado em: FNDC

Luís Osvaldo Grossmann
Convergência Digital

Enquanto o setor de telecomunicações já discute as eventuais obrigações associadas ao leilão da faixa de 700 MHz, para não mencionar uma antecipação ainda maior dessa oferta, já para o primeiro semestre do próximo ano, os radiodifusores foram ao 56º Painel Telebrasil, que acontece nesta quinta-feira, 30/08, deixar o recado de que ainda estão vivos nessa disputa. “Que o setor de telecom não se afobe.

Algumas premissas precisam ser garantidas, a começar pelo acesso da população a uma televisão livre, aberta. E se [o leilão] for tratado como fato consumado, o setor vai reagir”, disparou o presidente da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV, Abert, Daniel Slaviero. Segundo ele, embora seja possível preparar um desligamento dos sinais analógicos antes do prazo de 2016 em algumas cidades, até porque a implementação da digitalização é gradativa, isso também exige uma série de medidas - especialmente de incentivos que atuem tanto na recepção, ou seja, diretamente aos consumidores, como na retransmissão em boa parte do país. “Boa parte dos retransmissores são detidos por prefeituras, quase 40% deles, e isso precisa ser digitalizado, só que as prefeituras não têm esses recursos financeiros. Além disso, precisamos da massificação dos set top boxes.

Mas se não houver políticas públicas arrojadas, diria quase com certeza que o switch off precisará ser prorrogado”, completou. De sua parte, o presidente do Telebrasil e da Vivo, Antonio Carlos Valente, ponderou que a digitalização da TV aberta se dá “em velocidade aquém do que a sociedade espera. Precisa acelerar esse processo”. Ele concorda, no entanto, que são necessárias medidas, notadamente voltadas aos usuários. “Precisamos ser mais agressivos com a regra de produção dos televisores com conversor.”