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Texto publicado em: FNDC
Luís Osvaldo Grossmann
Convergência Digital
A Internet vai dominando os debates do 56º Painel Telebrasil, evento que nesta quinta-feira, 30/08, em Brasília. Depois de rejeitar a neutralidade de rede logo na abertura do evento (realizada na noite desta quarta-feira, 29/08 - clique aqui e leia a matéria ) a primeira discussão ficou centrada na remuneração das operadoras - ou seja, as detentoras da infraestrutura - pelo crescente consumo de banda. Melhor dizendo, como capturar receitas dos provedores de conteúdo.
Estudo da consultoria AT Kearney, apresentado no evento, ratificou os argumentos das teles. O levantamento destaca a “explosão” do tráfego e o peso de conteúdos na forma de vídeos, bem como a demanda por assisti-los com mobilidade. “O peso do tráfego de vídeo no Brasil pode ultrapassar 65% [da capacidade]”, disse o diretor de telecom da consultoria, Tiago Monteiro. Foi a senha para que os principais executivos das maiores teles com atividade no país reforçassem, sucessivamente, a necessidade de os fornecedores de infraestrutura capturarem uma fatia dos ganhos dos responsáveis pelos conteúdos - especialmente aqueles mais demandados, como o Google, visto que o Youtube é um monstro que compromete 25% da banda móvel mundial.
Presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente abriu a campanha destacando que, por conta dos grandes consumidores de banda, criou-se “um estresse no modelo tradicional de receitas”. “Com o crescimento exponencial do tráfego de dados, a conta não vai fechar. Aliás, já não fecha hoje”, emendou o presidente da Oi, Francisco Valim. Para o presidente da Claro, Carlos Zenteno, embora possam ser explorados novos eventuais produtos ligados aos smartphones. “Mas o desafio é como os operadores participam do conteúdo, de forma que não sejam meramente um tubo”.
O melhor resumo, no entanto, foi dado pelo presidente do conselho de administração da TIM, Manoel Horário da Silva: “Nós temos que dar uma mordida nas receitas do lado de lá”. Em um evento produzido e voltado para o setor de telecomunicações não houve nenhum contraponto dos provedores de conteúdo sobre o que acham de dividir com as teles suas receitas.
Luís Osvaldo Grossmann
Convergência Digital
A Internet vai dominando os debates do 56º Painel Telebrasil, evento que nesta quinta-feira, 30/08, em Brasília. Depois de rejeitar a neutralidade de rede logo na abertura do evento (realizada na noite desta quarta-feira, 29/08 - clique aqui e leia a matéria ) a primeira discussão ficou centrada na remuneração das operadoras - ou seja, as detentoras da infraestrutura - pelo crescente consumo de banda. Melhor dizendo, como capturar receitas dos provedores de conteúdo.
Estudo da consultoria AT Kearney, apresentado no evento, ratificou os argumentos das teles. O levantamento destaca a “explosão” do tráfego e o peso de conteúdos na forma de vídeos, bem como a demanda por assisti-los com mobilidade. “O peso do tráfego de vídeo no Brasil pode ultrapassar 65% [da capacidade]”, disse o diretor de telecom da consultoria, Tiago Monteiro. Foi a senha para que os principais executivos das maiores teles com atividade no país reforçassem, sucessivamente, a necessidade de os fornecedores de infraestrutura capturarem uma fatia dos ganhos dos responsáveis pelos conteúdos - especialmente aqueles mais demandados, como o Google, visto que o Youtube é um monstro que compromete 25% da banda móvel mundial.
Presidente da Vivo, Antonio Carlos Valente abriu a campanha destacando que, por conta dos grandes consumidores de banda, criou-se “um estresse no modelo tradicional de receitas”. “Com o crescimento exponencial do tráfego de dados, a conta não vai fechar. Aliás, já não fecha hoje”, emendou o presidente da Oi, Francisco Valim. Para o presidente da Claro, Carlos Zenteno, embora possam ser explorados novos eventuais produtos ligados aos smartphones. “Mas o desafio é como os operadores participam do conteúdo, de forma que não sejam meramente um tubo”.
O melhor resumo, no entanto, foi dado pelo presidente do conselho de administração da TIM, Manoel Horário da Silva: “Nós temos que dar uma mordida nas receitas do lado de lá”. Em um evento produzido e voltado para o setor de telecomunicações não houve nenhum contraponto dos provedores de conteúdo sobre o que acham de dividir com as teles suas receitas.