'TVs everywhere' foram inovação mais rápida da história da TV paga, diz Time Warner

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Francisco Filho é professor Dr. da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP - Campus de Bauru-SP no curso de Jornalismo. Possui graduação em Radio e TV pela FAESA/ES, Mestrado em Mida e Cultura pela UNIMAR/SP e Doutorado em Comunicação Social pela UMESP/SP. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Televisão digital, atuando principalmente nos seguintes temas: TV Digital, Mídias Digitais e internet e modelo de negócios para TV aberta.
Texto publicado em: FNDC
Samuel Possebon
Tela Viva Boston -

O medo dos serviços over-the-top fez com que as operadoras e programadoras de TV por assinatura dos EUA, em apenas dois anos entre os primeiros projetos e a implementação totalmente comercial, lançassem seus serviços de TV everywhere, que permitem aos assinantes assistirem aos conteúdos que fazem parte dos canais pagos e bibliotecas on-demand em qualquer dispositivo conectado. A chave para isso foi a integração e o esforço concentrado do mercado. "O conceito de TV everywhere nos animou muito desde que o lançamos.

O sucesso do NetFlix provou que as pessoas queriam os conteúdos on-demand. Fizemos essa inovação mais rápida do que qualquer outra inovação na história da indústria, e estamos vendo isso andar rápido no mundo todo", diz Jeff Bewkes, CEO da programadora Time Warner. Ele participou do painel de encerramento da Cable 2012, evento de TV por assinatura que aconteceu esta semana em Boston. "O desafio do TV everywhere não é simples.

E para isso dar certo, é preciso trabalhar em conjunto, mesmo que seja com seu competidor, para ter uma plataforma comum e que seja entendida pelo usuário", diz Chase Carey, CEO da News Corp. Para ele, não importa mais se as pessoas assistem TV fora da casa. "O importante é a conveniência, e cada plataforma tem as suas vantagens". Para Bewkas, as futuras gerações podem não querer ter o conteúdo em uma grande tela de TV, porque "não importa onde assistam, continua sendo TV." Ele lembra que o jogo das "big screen" ainda não está terminado e que muita coisa pode mudar com a inovação que deve ser trazida por empresas como Apple e Samsung. Ele diz não temer tampouco que as pessoas se acostumem a consumir conteúdo sem pagar nada por isso. "A TV começou dando conteúdo de graça para as pessoas, e com o tempo elas passaram a pagar porque viram valor na TV paga. Hoje, 93% dos lares norte-americanos pagam para assistir TV, o que não é pouca coisa".

 Na visão da Time Warner, é importante para a indústria de TV por assinatura se apegar às "interfaces do Vale do Silício", para que as marcas se preservem. "Não podemos impedir que as pessoas utilizem as interfaces que quiserem. Mas temos que mantê-los nossos assinantes".
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