Bolsonaro vem caprichando nos absurdos. Quer dizer, ele sempre foi assim, mas, antes, era um deputado inútil falando com meia dúzia. Agora ele é presidente da república.
Pois agora ele resolveu colocar o aumento dos casos de violência contra a mulher nas contas do isolamento social e, ao defender de novo, quanta insistência, no fim do isolamento, PRESIDENTE disse que “tem mulher apanhando em casa” e achou ok justificar dizendo que “em casa que falta pão, todos brigam e ninguém tem razão”, e também achou legal sugerir “como é que acaba com isso? Tem que trabalhar, meu Deus do céu”.
Para o excrementíssimo, a violência não tem a ver com misoginia, nem com machismo, nem com a cultura de que a mulher é um objeto, nem com o exemplo de misoginia institucional que é ele próprio. A culpa é do isolamento, claro, e, acabando com ele, vai acabar a violência de gênero. É constrangedor, além de dar mais uma justificativa aos agressores.
Ele delira, vai contra recomendações internacionais da OMS, vai contra seu próprio Ministro da Saúde. Bolsonaro é a figura cuspida (obrigada, Jean Wyllys!) do déspota descontrolado que já está enfraquecido com os seus. A não ser, é claro, com o gado da febre aftosa que espuma pelas ruas gritando MITO, mas até eles estão mais escassos.
Cada vez que abre a boca, Bolsonaro deixa mais claro que a democracia está por um fio e que ele só governa para os Véio da Havan da vida e que precisamos parar esse homem abjeto.
Se depender dele e dos perdigotos que espalha, o Brasil vai, literalmente, para a vala.