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Luciano salvou o São Paulo e caminha para o centésimo gol. Bobadilla acusado de xenofobia

Com 14 pontos, Tricolor fecha invicto a primeira fase e pode ficar em segundo na classificação geral, atrás apenas do Palmeiras

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Meu nome é Luís Augusto Símon, mas pode chamar de Menon. Sou jornalista há 38 anos e antes eu sonhava em ser jornalista.
Luciano salvou o São Paulo e caminha para o centésimo gol. Bobadilla acusado de xenofobia
Sabino e Bobadilla fizeram os gols do São Paulo. Reprodução Twitter São Paulo

Luciano é sempre uma esperança para o São Paulo. Tem ótima finalização e resolve muitos jogos. Contra o Talleres, foi assim. Entrou aos 15 do segundo tempo e aos 38, com um belo chute, fez o segundo gol da vitória por 2 x 1.

Difícil entender porque demorou tanto para entrar. O Talleres lutava bravamente para conseguir para terminar em terceiro e chegar à um mata-mata contra um time da Sul-americana. (...) Nunca me envergonharei das minhas raízes 

O São Paulo marcou primeiro, com Sabino mezzo peito e mezzo barriga, imitando Raí no Mundial de 92. Girotti empatou.

A vitória seria muito importante para o São Paulo, que entrou classificado. Com ela, chegaria aos 14 pontos, podendo ficar em segundo na classificação geral, algo muito importante.

Difícil entender porque, com essa importância, Zubeldia manteve a dupla Enzo e Wendell até o final. Mas Luciano estava em campo. Quase fez aos 29 e não perdoou aos 38.

Foi o seu gol 93 em 289 jogos. Falta um para alcançar Babá, dos anos 70, e entrar no grupo de 20 maiores artilheiros da história.

Momento triste do jogo foi uma discussão de Bobadilla com Navarro, venezuelano do Talleres. Navarro chorou muito e queria sair de campo. Na saída, ainda chorando disse: "ele sabe o que falou para mim".  Augusto Schoot, capitão do Talleres falou em racismo e o treinador Mariano Levisman, em xenofobia.

Em sua rede social, Navarro escreveu;

"Quisera ter em minhas mãos a solução para a fome que vive meu país, espero que Deus me dê abundância para poder ajudar.

Nunca me envergonharei das minhas raízes e irei até às últimas consequências contra o ato de xenofobia que sofri por parte de Damián Bobadilla. No futebol não há mais espaço para discurso de ódio"

Ele fez uma queixa à Polícia. Disse que foi chamado de "venezuelano morto de fome". Os policiais foram só vestiário do. São Paulo, mas Bobadilla havia deixado o estádio.

O Talleres soltou nota oficial sobre o caso:

Queremos expressar nosso repúdio ao ato de xenofobia sofrido pelo nosso jogador Miguel Navarro.

Nos solidarizamos profundamente com Miguel e sua família neste momento. Como instituição, levantamos a voz contra qualquer forma de discriminação. NÃO há lugar para o ódio no futebol.

O futebol é uma ferramenta de integração, respeito e união entre culturas. Continuaremos trabalhando para que esses valores."

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