LGBT

Richarlyson coloca o dedo na ferida e mostra o preconceito. Difícil é entender a surpresa

Ex- jogador do São Paulo, tricampeão brasileiro e campeão do mundo, reclama que nunca é lembrado pelo clube. E aponta o motivo: assumiu ser bissexual

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Meu nome é Luís Augusto Símon, mas pode chamar de Menon. Sou jornalista há 38 anos e antes eu sonhava em ser jornalista.
Richarlyson coloca o dedo na ferida e mostra o preconceito. Difícil é entender a surpresa
Rycharlison brilhou no São Paulo. Reprodução Instagram

Richarlyson assumiu a bissexualidade em dezembro de 2022 e, com certeza, foi abraçado por seus companheiros de trabalho na televisão. Geralmente, os jornalistas são poucos afeitos a preconceitos.

O que Richarlyson não entendeu é que vive em uma bolha. Fora das redações das Organizações Globo, é complicado. E o mundo do futebol é machista.

Em entrevista a Aloísio Chulapa, seu companheiro na conquista do Mundial de 2005, ele falou que o São Paulo não reconhece seu status de jogador que fez história no clube: ganhou os três títulos seguidos do Brasileiro de 2006 a 2008.

Richarlyson diz que o Instagram do São Paulo nunca lembra dele, a não ser na data de aniversário. E sabe que é pela bissexualidade.

E é mesmo. Ou então é um profundo desconhecimento de futebol e da história do São Paulo ele não ter sido escolhido pelos conselheiros do clube como um dos 99 jogadores que compuseram o Hall da Fama. Nota: Marcos  Vizolli, volante medíocre está lá.

Richarlyson foi lateral, volante, meia e ponta. Um lutador. Ralava a bunda no chão. Nunca negou uma gota de suor. Nunca refugou uma dividida. E mesmo assim, a torcida organizada não cantava seu nome antes dos jogos.

O futebol é assim, Richarlyson.

O mundo é assim, Richarlyson.

Qual a surpresa?

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